Você sabia que os freios do carro perdem eficiência ao sofrerem superaquecimento? Saiba como evitar esse problema a seguir
O sistema de freio em bom estado de funcionamento é essencial para a segurança de todos os ocupantes de um automóvel. Mas há situações em que, mesmo que os componentes estejam revisados, os freios podem perder eficiência e até falhar completamente. Isso acontece por conta do superaquecimento.
Esse superaquecimento pode ser causado por freadas bruscas constantes ou também pelo acionamento frequente e por longos períodos do pedal, como nas descidas de serra, por exemplo.
Para reduzir a velocidade ou parar o carro de forma eficaz, os freios dependem do atrito entre os discos e pastilhas ou das lonas nos tambores. Porém, esse atrito gera calor. Que quando supera a capacidade de resfriamento pode prejudicar o funcionamento do sistema.
Além disso, o superaquecimento também pode acontecer quando o fluido que aciona o sistema não é trocado periodicamente. Como o fluido absorve umidade, ele acumula gotículas de água, que podem ferver com o excesso de temperatura, o que ocasiona a perda de eficiência de frenagem.
Como evitar o superaquecimento?
A primeira medida para reduzir as chances de superaquecimento dos freios é mudar os seus hábitos de direção. Dirigir de maneira suave, com aceleração e frenagem do veículo progressiva, também é um comportamento que ajuda a preservar os freios, além de economizar combustível.
Em se tratando de carros de passeio, a situação mais comum para o aparecimento do problema é nas descidas de serra. Por esse motivo, nunca desça a serra com o câmbio em ponto morto, procurando sempre usar o freio motor.
O freio motor consiste em usar o propulsor para frear o automóvel. Nos carros com transmissão manual, basta usar na descida a mesma marcha usada na subida. Já nos automáticos, “trave” o câmbio em marchas baixas, normalmente indicadas por números ou por letras como o “L”.
Apesar do motor “gritar” nessas situações, o consumo de combustível é mais baixo do que rodando em ponto morto. O sistema de alimentação entende que se trata de freio motor e reduz a injeção de combustível ao mínimo para manter o propulsor em funcionamento.
Evite dirigir com excesso de peso no carro, já que quando isso acontece a eficiência do veículo acaba sendo prejudicada e pode comprometer a eficiência na frenagem. Procure sempre respeitar a capacidade máxima de carga.
Manutenção
O motorista também precisa estar atento a com as manutenções. Quando os itens do sistema de freio são trocados, a ação de frenagem fica comprometida até o assentamento total. Nesse período, não acione o freio bruscamente até atingir 300 km rodados.
Ainda sobre a manutenção, é necessário que o mecânico avalie todos os itens do sistema de freio. A falta de manutenção no sistema de freios do eixo traseiro, por exemplo, pode ocasionar uma baixa eficiência desse setor, fazendo com que os discos ou tambores do eixo dianteiro trabalhem mais e cause superaquecimento.
Quanto à qualidade dos itens, se atente bastante na hora de comprar. Discos de freio com matéria-prima de baixa qualidade tendem a não ter boa resistência à temperatura, sendo um perigo nas frenagens pela sua má dissipação de calor.
A pinça de freio também necessita de atenção na hora de trocar, já que um pistão preso, pinos deslizantes com folga excessiva ou travados podem ocasionar um mau assentamento das pastilhas. Dessa forma, os itens ficam pressionados contra os discos gerando alta temperatura.
Evite pastilhas de baixa qualidade ou já usadas, pois componentes assim possuem desgaste irregular e deixam um vácuo na área de atrito, promovendo alta temperatura.
Outra dica importante é ficar de olho nos flexiveis do freio. Se esses itens estiverem obstruídos ou entupidos, o alívio da pressão hidráulica no sistema de freio após tirar o pé do pedal pode não funcionar, mantendo um atrito não proposital no sistema e consequentemente o superaquecimento.
One Comment
Muito bom seu comentário.