Você sabia que o Chevrolet Monza venezuelano teve algumas unidades importadas para o Brasil? Conheça sua história aqui
Produzido no Brasil entre 1982 e 1996, o Chevrolet Monza foi um dos carros médios de maior sucesso do mercado automotivo brasileiro, tendo inclusive chegado ao topo do ranking de automóveis mais vendidos por aqui.
Variação local do alemão Opel Ascona de 3ª geração, o carro era produzido em São Caetano do Sul (SP) para atender ao mercado local e também de exportação para outros países da América do Sul.
Um desses países era a Venezuela, que recebia o Monza em kits CKD. Sigla em inglês para Completamente Desmontado, ela indica os casos em que o automóvel é exportado em peças e montado apenas no destino final. No caso, a filial da General Motors no país vizinho.
Nas versões SL, Classic SE e na esportiva SR, o Chevrolet Monza venezuelano trazia algumas diferenças em relação aos carros vendidos no Brasil.
O motor era o mesmo 2.0 Família II a gasolina, que na maior parte dos carros era combinado ao câmbio automático de três velocidades. Ar-condicionado era outro item raro nos carros brasileiros que era oferecido por lá como padrão.
Apesar de boa parte dos componentes serem de origem brasileira, o carro incorporava ainda peças produzidas pela indústria local, como os bancos (com opção de revestimento em couro), as rodas de liga leve e os vidros, que curiosamente não tinham desembaçador na traseira.
Assim como o Volkswagen Passat “Iraque” veio parar no mercado interno por uma questão de excedente de veículos, algo parecido aconteceu com o Monza venezuelano.
Com o lançamento do Vectra por lá, em 1990, o país vizinho ficou com um excedente de carros encalhados. O que levou a filial brasileira da General Motors a buscar uma autorização especial para importação desses automóveis.
Algo necessário por conta da proibição que perdurava no período no mercado automotivo brasileiro. No Brasil, o lote de cerca de 400 carros foi comercializado entre 1990 e 1991.