O Monza S/R foi a primeira tentativa da Chevrolet de criar um modelo esportivo dentro das tendências dos anos 1980.
A Chevrolet fez sucesso nos anos 1970 com o Opala SS6, uma versão esportiva do seu modelo de mais prestígio e que trazia o motor 4.1 de seis cilindros numa configuração mais potente.
Mas nos anos 1980 a conversa era diferente. O mercado passou a privilegiar a economia de combustível e isso acabou por exterminar os esportivos com motores V8 ou seis cilindros, que deram espaço a carros de visual invocado, mas equipados com motores de quatro cilindros.
Um desses modelos era o Chevrolet Monza S/R, lançado em 1985. Disponível apenas na carroceria hatch de duas portas, tinha como seus concorrentes mais próximos o também médio Volkswagen Passat GTS Pointer e os compactos Gol GT e Ford Escort XR3.
O Monza S/R possui faróis auxiliares e lanterna de neblina, spoiler dianteiro e asa traseira, para-choques pretos com friso vermelho (e uma larga faixa mantendo o padrão nas laterais), rodas de liga leve de 14″ com desenho exclusivo, retrovisores da cor do carro e aerofólio.
Por dentro, o modelo também não desapontava, já que seus bancos esportivos eram Recaro e a grafia dos instrumentos, vermelha. Vidros e retrovisores externos eram elétricos, um artigo de luxo para a época.
Motor
Além do visual, o Monza S/R se destacava pelo motor. Era o mesmo 1.8 dos Monza normais, mas com novos coletor de admissão e escapamento e um carburador de corpo duplo. O resultado foi um ganho de 10 cv, atingindo 106 cv.
Esse propulsor era combinado a um câmbio de cinco marchas de relações encurtadas e a um conjunto de suspensão com amortecedores mais firmes e com barras estabilizadoras mais grossas. O resultado foi um carro capaz de acelerar de 0-100 km/h em 11s72 e atingir 172 km/h de velocidade máxima. Boas marcas para o mercado automotivo brasileiro dos anos 1980.
Pequenas mudanças
Em 1987, o Monza S/R trocou o 1.8 por um novo 2.0 Família II de 110 cv. Mas diferente do propulsor antigo, o esportivo usava agora um motor na mesma especificação das versões SL/E e Classic. Se diferenciava apenas pelo câmbio mais curto.
No ano seguinte, o modelo sofreu mudanças visuais como o spoiler integrado ao pára-choque, novos faróis, novos frisos, grades e lanternas maiores vindas do Opel Ascona europeu (também usadas na versão Classic).
Internamente, o novo volante tinha cinco diferentes posições de regulagem de altura. Quanto aos faróis, estes agora possuíam temporizador.
Mas foram as últimas novidades do Monza esportivo, que saiu de cena em 1989. O seu espaço na linha foi ocupado pelo então novíssimo Kadett GS, que combinava o mesmo conjunto mecânico em um carroceria menor. E se tornaria um ícone nos anos seguintes.