Conheça a história do DMC DeLorean, um dos carros mais icônicos do cinema e como ele foi escolhido, as modificações pelas quais passou e muito mais.
Mesmo para aqueles que não viveram os anos 80, o filme “De volta para o futuro” é considerado um verdadeiro clássico. E não apenas o enredo se tornou eterno, como também o veículo que aparece no filme, um DMC DeLorean que se apresentava como um carro tecnológico transformado em máquina de viagem no tempo.
Na maioria dos filmes, existe um modelo chamado de “carro do herói”, este tem uma produção especial, já que será o veículo que estará nos principais closes e tomadas dos longas com os personagens principais. No caso do filme “De volta para o futuro”, quem toma esse lugar é o coupé DMC DeLorean.
História do DMC DeLorean
A história da fabricante DeLorean se tornou conhecida mundialmente justamente por conta da saga de filmes. A empresa só fabricou um modelo, justamente o DMC-12, que foi vendido em 9.200 unidades durante a primeira metade da década de 1980.
No entanto, a empresa fechou as portas após menos de 10 anos no mercado. A história completa da DeLorean e a polêmica envolvendo seu criador você pode acompanhar no streaming Netflix, que traz ainda várias séries sobre carros.
Depois do fim da empresa, a unidade do DeLorean DMC-12 que participou do filme foi batizada de “unidade A”, ficando anos exposta e mal cuidada em um parque de Orlando, nos Estados Unidos. A unidade que apareceu nas cenas com Marty McFly e Dr. Brown só passou a ter o cuidado que merece em 2012, quando uma equipe de entusiastas resolveu restaurar o esportivo à sua forma original.
A equipe demorou um ano para estudar e preparar o modelo, além de mais seis meses para que o veículo “voltasse no tempo” da forma como estava há 35 anos atrás. Os especialistas tiveram o cuidado de manter os fios expostos, que transmitem a sensação de uma invenção improvisada, além de remontar o Mr. Fusion, equipamento fictício que dava energia à máquina.
Hoje, o modelo está em uma amostra no museu Petersen, em Los Angeles. Já a unidade “B”, usada nos efeitos especiais, foi destruída nas filmagens do “De Volta para o Futuro 2”. Por fim, a unidade chamada “C” foi parcialmente cortada apenas para filmagens em seu interior e está em exposição em um parque no Japão.
Porque um DeLorean para estrelar o filme?
Inicialmente, a máquina de viagem no tempo para o filme foi pensada para ser um frigorífico. Porém, o diretor Robert Zemeckis concluiu que as crianças poderiam começar a se trancar em frigoríficos para simular a viagem no tempo.
Então, Zemeckis e o roteirista Bob Gale perseveraram em encontrar ideias melhores até chegar à conclusão de que seria mais lógico que a máquina fosse móvel, ou melhor, automóvel.
Depois de um tempo, enfim, decidiram que o DMC DeLorean seria a peça perfeita para o longa, principalmente porque esse carro estava idealmente projetado para incluir a piada sobre a família de fazendeiros que o confundem com uma nave espacial no primeiro filme.
Ficha técnica
O DMC DeLorean tinha sob o capô um motor V6 2.8 12V de desempenho não mais do que “ok”. À gasolina e com injeção eletrônica multiponto, o modelo tinha uma potência de 132 cv e torque máximo de 21,1 kgfm, acoplado a um câmbio manual de 5 marchas e tração traseira.
Sua suspensão independente possuía sistema multibraço, freios a discos sólidos e pneus 195/60 R14 (dianteira) e 235/60 R15 (traseira). O DeLorean era grande, porém compacto, com: comprimento de 4,27m; largura de 1,85m; altura de 1,17m; e entre-eixos de 2,41 m.
Futuro da DeLorean
Apesar do fim das produções nos anos 80, a DeLorean ainda continua ativa em outras frentes de trabalho. Quando vendida a Stephen Wynne, em 1995, o plano era criar uma oficina de reparação da linha DMC. Porém, os planos evoluíram e a ideia passou para o retorno da marca e a produção de novos carros, porém elétricos.
Apesar de não ser uma certeza, já se sabe que existe a vontade da DeLorean Motor Company em voltar ao segmento automobilístico. Não se sabe quando ou como o DeLorean DMC-12 vai voltar às estradas, mas será um veículo totalmente “do futuro” que já vivemos hoje. Especula-se que a fabricação será limitada e reduzida, para controlar custos.