Versão esportiva mais extrema do Honda Civic, a Type R está presente na linha há mais de 20 anos, mas nunca veio oficialmente ao Brasil.
O Honda Civic brasileiro está se despedindo do mercado automotivo depois de uma trajetória de 24 anos. Período que foi marcado por gerações e versões memoráveis, como a esportiva Si do sedã de 8ª geração.
Mas embora o Civic Si tenha permanecido como um objeto de desejo de muitos fãs da Honda mesmo depois do fim da produção local do modelo, o médio da marca japonesa conta no exterior com uma variação esportiva ainda mais extrema: a Type R.
Nascimento do Type R
Assim como os Volkswagen R e os Audi RS, a sigla Type R é tradicionalmente utilizada para designar os esportivos mais extremos da Honda.
O primeiro Type R foi o Honda NSX. Modelo conhecido pelo apelido de Ferrari japonesa e que contou com a participação de Ayrton Senna em seu desenvolvimento, ganhou em 1992 a nova variação esportiva.
O foco da Honda era criar um carro de corrida que pudesse ser usado em vias públicas. Por isso mesmo, era um supercarro levíssimo, sem vidros elétricos, ar-condicionado, rádio e sistema de som.
Um ponto importante sobre os modelos Honda Type R é o fato que eles recebem o logo “H” na cor vermelha, como uma homenagem ao primeiro carro da marca na Fórmula 1.
Honda Civic Type R
O primeiro Honda Civic Type R chegou ao mercado em 1997. Feito sobre a base do hatch de 6ª geração, era oferecido exclusivamente no Japão e usava um motor 1.6 de 160 cv, além de trazer um pacote visual e acerto mais esportivo.
O primeiro Civic Type R tinha motor 1.6 B16 de 185 cv de potência. De 0 a 100 km/h, o modelo acelerava em apenas 6,8 segundos e a velocidade máxima era de 224 km/h. O seu interior exala esportividade, com cores vermelhas nos bancos, porta, tapete, volante e manopla do câmbio.
A 2ª geração do Civic Type R chegou ao mercado em 2001 e nasceu globalizado. O esportivo tinha deixado de ser produzido no Japão e passou a ser fabricado no Reino Unido, na fábrica de Swindon, sendo, inclusive, exportado para o mercado japonês.
O motor da nova geração tinha mudado também, sendo o 2.0 K20, que entregava 215 cv de potência em sua configuração mais brava para o mercado japonês. Acelerava de 0-100 km/h em 6,7 segundos e atingia os 227 km/h.
Em 2007, quando a empresa japonesa anunciou a 8ª geração do Civic, também mostrou a 3ª edição do Honda Civic Type R. Na verdade eram dois carros. O Type R voltou a ser feito no Japão em uma variação sedã, enquanto o hatch seguiu fabricado no Reino Unido.
O propulsor era o K20 2.0 que produzia 225 cv de potência na versão padrão para o Japão. A produção seguiu até 2011, quando o modelo foi descontinuado.
Mas voltou em 2015, quando a Honda apresentou ao mundo o novo Civic Type R. Agora baseado na 9ª geração e, novamente, apenas na variação hatch, o modelo ganhou um novo motor 2.0 turbo de injeção direta, capaz de produzir 310 cv de potência e 40,8 kgfm de torque, acoplado ao câmbio manual de seis velocidades. Esse Type R fazia de 0 a 100 km/h em apenas 5,5 segundos.
Enfim, em 2017 chegou a geração mais recente (e extrema) Honda Civic Type R. Com um propulsor 2.0 turbo, chegou a 320 cv e 40,7 kgfm de torque.
Dessa vez, o esportivo faz de 0 a 100 km/h em 5,8 segundos e alcança a velocidade máxima de 272 km/h. Mantendo a tradição de gerações anteriores, o modelo traz sistemas de direção e suspensão exclusivos, além de um pacote aerodinâmico e o interior exclusivos.