Surgido para ser apenas um compacto espaçoso e econômico, o Mini Cooper ficou marcado como um ícone automotivo britânico; confira a sua história a seguir
Os italianos têm o Fiat 500. Os alemães, o Volkswagen Fusca. Já os britânicos têm como um dos seus ícones automotivos o hatch Mini. Muito distante do status dos Rolls-Royce, o compacto ficou marcado como um símbolo de motorização popular.
A história do Mini começou em meados dos anos 1950, quando o então gigante automotivo British Motor Corporation buscava um novo modelo de carro ao mesmo tempo espaçoso e econômico.
Projetado por uma equipe sob o comando do engenheiro greco-britânico Alec Issigonis, o hatch surgiu em 1959, sendo comercializado inicialmente sob as marcas Austin e Morris, as principais da BMC.
Com 3,054 m de comprimento (1 metro a menos que um Fusca), 1,422 m de largura, 1,397 m de altura e entre-eixos de 2,032 m, o Mini era realmente compacto e pesava apenas 590 kg. Tamanho que tornava menos crítica a baixa potência do motor 0.8 de quatro cilindros, que desenvolvia 33 cv e levava o carro a 120 km/h.
Era um modelo revolucionário em vários sentidos. Trazia o motor dianteiro em posição transversal e uma suspensão com cones de borracha no lugar das molas. Combinado com o baixo centro de gravidade, dava ao Mini original o comportamento de um kart.
Mini Cooper
Não demorou muito para que as boas características dinâmicas fizessem o Mini se tornar uma máquina com potencial para competições. Isso foi obra de John Cooper, um fabricante de carros de corrida que pediu para a direção da BMC a autorização para criar uma versão do compacto para uso em rally.
Foi assim que o 1º Mini Cooper surgiu em 1961. Como uma versão esportiva dos Austin Mini e Morris Mini comuns, que traziam o motor modificado para 1.000 cm³ e 56 cv, trazendo ainda novo câmbio mais curto e freios a disco.
Pouco depois do lançamento do Mini Cooper chegou sua versão S. Nessa configuração, o modelo passou a ter sob o capô um motor 1.071 cm³ que rendia 70 cv de potência.
O Mini Cooper seguiu em desenvolvimento e se tornou um vencedor de corridas no Reino Unido e em provas internacionais nos anos 1960 e 1970, com a sua combinação de boa dinâmica, potência e peso baixo tornando o hatch apto para desafiar carros maiores e mais poderosos.
Mini nos dias de hoje
Apesar do visual datado, o Mini original seguiu em produção até o ano 2000, tendo incorporado uma série de melhorias ao longo de 41 anos de produção, mas com poucas alterações em sua carroceria original.
Quando saiu de cena, o carro então conhecido como Mark VII trazia sob o capô um motor 1.3 com injeção eletrônica. Era produzido pela britânica Rover, que por sua vez era propriedade da BMW
Para substituí-lo, a BMW a apresentou um novo Mini. Um compacto contemporâneo que fazia uma releitura das linhas básicas do carro original, trazendo motores a gasolina (fabricados no Brasil pela Tritec) e diesel.
Esse novo Mini seria o pioneiro de um hatch que desde 2013 está em sua 3ª geração. No Brasil, o Mini Cooper está disponível atualmente nas carrocerias de 3 portas (Cooper S e John Cooper Works) e 5 portas (Cooper S), além da configuração elétrica Cooper S E, de três portas.