Você sabe como funcionam os carros a hidrogênio? Entenda como funciona essa tecnologia que faz um carro emitir água pura pelo escapamento
Basicamente, os automóveis movidos a hidrogênio são muito parecidos com os elétricos: não poluindo, não fazendo barulho e movido por um motor elétrico. Mas, a principal diferença entre ambos é justamente a forma como o propulsor é alimentado.
Um carro elétrico convencional é alimentado por uma fonte externa de eletricidade. No caso dos veículos movidos a hidrogênio, ele é um elétrico que não depende de uma tomada para funcionar.
Como funciona o carro movido a hidrogênio?
A chave desses carros a hidrogênio é um componente chamado de célula de combustível. Nela, o hidrogênio líquido, armazenado em um tanque, reage com o oxigênio para gerar energia elétrica, calor e água.
Depois disso, o calor e a água saem pelo cano de escapamento como vapor d’água e a eletricidade vai para a bateria, que tem dimensões menores que em um elétrico convencional.
Vantagens do carro a hidrogênio
A cada dia que passa, a indústria automotiva tem que se atualizar ainda mais para atender aos novos padrões de emissão de poluentes. Os veículos movidos a hidrogênio vão em rumo a essa mudanças, já que estes não emitem gases tóxicos à atmosfera.
Outro ponto importante sobre os carros a hidrogênio é a questão da autonomia, pois já existem modelos oferecendo uma autonomia de mais de 600 km rodados.
E falando em abastecimento, para “encher” o tanque de um veículo a hidrogênio são necessários apenas 5 minutos para que o carro esteja totalmente carregado de hidrogênio.
Alguns fabricantes trabalham ainda para permitir que o etanol substitua o hidrogênio na tarefa de gerar eletricidade. O que faria desses carros equipados com célula de combustível uma opção interessante para o Brasil.
Desvantagens do carro a hidrogênio
A primeira que vamos citar é o impacto no bolso. Por ser uma tecnologia nova, o custo dela é cara, em específico a célula de combustível utilizada nesses modelos.
Para reabastecer também sai mais caro. O custo para encher o tanque fica em cerca de 60 euros, tendo um rendimento médio de 10 euros a cada 100 km. Além do custo, é necessário construir uma cadeia de fornecimento de hidrogênio apenas para atender a esses automóveis. Algo inexistente em países como o Brasil, por exemplo.
Outra desvantagem envolve a segurança. O hidrogênio é inflamável, desta forma, as empresas que fabricam carros movidos a hidrogênio estão se esforçando para desenvolver uma tecnologia segura, com tanques modernos e capazes de evitar vazamentos.
Expansão do mercado
Os carros a hidrogênio ainda não são vendidos no Brasil. Mas no exterior são vários os fabricantes que oferecem carros com esse tipo de propulsão.
Um deles, por exemplo, é o Toyota Mirai. O modelo sai por US$ 49.500 (R$ 250.000) nos Estados Unidos. Valor alto, que é equivalente a quase dois Corolla Hybrid por lá. Outro carro a hidrogênio oferecido por lá é o Hyundai Nexo. Com preço de US$ 59.435 (R$ 300.000), tem autonomia de 611 km.