Sim, dá para vender um carro financiado, mas há formas corretas e seguras para isso e que garantem que você não tenha problemas futuros.
O financiamento de veículos é, com certeza, a modalidade mais escolhida pelo brasileiro na hora de comprar um carro novo ou seminovo. No entanto, a realização deste sonho pode virar um pesadelo quando esta compra não é bem planejada.
É muito comum comprar um carro por impulso, com parcelas que vão além do que sua renda permite e até esquecer que um carro vai gerar outros custos, como combustível, documentação e manutenção. E são exatamente estes os principais fatores que fazem com que um veículo ainda financiado seja disponibilizado para venda no Brasil.
Mesmo quando tudo está caminhando bem, perder o emprego pode ser um fator decisivo para precisar se livrar de contas que fogem do que é estritamente necessário, como o parcelamento do veículo, por exemplo.
No entanto é preciso ressaltar que nem sempre quem vende um carro financiado o faz por problemas financeiros: há quem o faça para adquirir um veículo mais novo usando o parcelado como parte da entrada.

Posso vender um carro financiado?
Como sabe, vender um carro com dívida é possível e há duas maneiras seguras para isso:
- Encontrar um comprador que pague à vista o valor do veículo, possibilitando assim a quitação da dívida junto à financeira. Nesse caso, o ideal é o proprietário receber o valor e pagar a dívida de uma vez só;
- Transferir o financiamento para outra pessoa, que por sua vez vai assumir a dívida a partir do momento da negociação. Nesse caso, além do comprador, também será necessário a aprovação de crédito do banco ou instituição financiadora para conclusão da transferência.
Qual o procedimento correto para se vender um carro financiado?
Antes de vender um carro financiado é fundamental que o proprietário saiba qual é o valor que resta da dívida para quitar o contrato. Aliás, conte com a ajuda do gerente do banco ou com a financeira para poder obter essa informação.
Outro ponto importante é se certificar de que não haja pendências financeiras relacionadas ao veículo como impostos, multas e demais restrições que possam impossibilitar o negócio. Caso exista alguma, você deve pagá-la ou oferecer como forma de desconto ao comprador o débito para que ele faça a quitação no ato da transferência.
Quais os pré-requisitos para repassar o financiamento ao comprador?

De forma geral, o banco deve pedir a mesma documentação solicitada no contrato inicial para realizar a aprovação de crédito do novo comprador. Esse procedimento de repasse da dívida é feito de acordo com a legislação vigente, portanto, no ato da assinatura do novo contrato, as taxas envolvidas poderão ser outras e o valor da parcela pode ser maior ou menor para o novo comprador.
Um ponto importante a ser levado em consideração é que, se o banco/financiadora não aprovar a transferência depois da análise de crédito, a dívida não poderá ser repassada. Neste caso você vai precisar buscar um novo comprador.
Quais as tarifas a serem pagas para o repasse?
Como no geral o motivo para a venda do carro nessa situação acontece por problemas financeiros, é preciso se preparar para pagar as tarifas que podem passar de R$ 1.000, de acordo com cada instituição.
Para evitar contratempos e/ou mal-entendidos, é importante que todos esses esclarecimentos sejam feitos já no momento da negociação, a fim de deixar claro todas condições do negócio para quem tem interesse em comprar o seu carro.
Como descobrir o valor de revenda do meu carro?

Se você não sabe quanto o seu carro está valendo, a InstaCarro pode te ajudar. Basta acessar o Guia de Compra e Venda de Carros, preencher marca, modelo, versão e ano do seu veículo e conferir qual o valor do carro na Tabela Fipe e qual é o seu valor real de revenda.
O que não devo fazer?
Falamos em detalhes sobre as formas seguras de vender o seu carro financiado, mas qual é a forma insegura? Bom, a resposta é o chamado “pagar no nome”.
Há quem esteja tão desesperado para se livrar da dívida que faz um “contrato de gaveta” com um desconhecido e permite que essa pessoa continue pagando as parcelas em seu lugar.
O grande problema dessa modalidade é que caso o comprador tome multas, cometas infrações ou mesmo não pague a parcela, quem receberá a penalização será o portador original do contrato.
Neste caso, se livrar de uma dívida pode fazer com que ela aumente exponencialmente e, dependendo da gravidade das infrações cometidas – como um acidente de trânsito com vítima, por exemplo -, pode fazer com que você responda juridicamente por um ato que não cometeu.