O design clássico arredondado e o motor boxer são velhos conhecidos do público brasileiro. Aliás, O dia nacional do Fusca é comemorado dia 20 de janeiro, tamanha é a relação do modelo com a história automotiva do nosso País.
O Fusca também é o modelo mais produzido da história e conta com seus mais de 60 anos de produção marcados por 21 milhões de unidades. O modelo “teve filhos”, veículos derivados da base do velho besouro, como a Kombi..
A história do “carro do povo” é um tanto controversa e a mais aceita é que Hitler encomendou o projeto de um carro acessível e resistente à Ferdinand Porsche, além de ser capaz de levar uma metralhadora montada sob o capô.
Com respaldo do regime nazista, a Porsche conseguiu criar uma fábrica moderna para a época e, ao seu redor, o governo construiu a cidade de Wolfsburg, destinada aos operários. Logo depois o regime criou a primeira fábrica da Volkswagen, onde até hoje é sua sede.
Mesmo assim, o Fusca não fez sucesso imediato. Isso porque a sociedade alemã era adepta da bicicleta e o carro era tido como um lazer dos ricos. Assim, os primeiros “besouros” foram, em sua maioria, para as autoridades do alto escalão do regime hitlerista.
Porém, os esforços de guerra alemães logo interromperam a produção e o Fusca tradicional foi substituído por uma versão militarizada. Similar ao jipe, o novo carro tinha o nome de “Kübelwagen”, ou “carro caixote”.
No Brasil, o Fusca surgiu graças ao regime democrático com a eleição de Juscelino Kubitschek para presidente do Brasil, nos anos 1950. Sob a esteira do chamado “nacional-desenvolvimentismo” e do ambicioso plano de crescer “50 anos em 5”.
O incentivo ao capital privado estrangeiro fez as multinacionais se instalarem no ABC Paulista. Em 1959, a Volkswagen lançou o primeiro Fusca com montagem no Brasil. JK aproveitou a fama de pai da indústria automobilística brasileira e desfilou a bordo do carro.
Por aqui, o Fusca teve vida longa e foi por diversas vezes o carro mais vendido do Brasil. Sua produção foi interrompida em 1986, mas retomada 1994 graças ao pedido do então presidente Itamar Franco. Sua despedida, por fim, aconteceu em 1996.
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