Drugovich, Bortoleto e irmãos Fittipaldi lideram a nova geração de pilotos brasileiros que trilham caminho para chegar na Fórmula 1
A paixão do Brasil pela Fórmula 1 segue viva e a nova geração de pilotos está pronta para conquistar seu lugar no grid. Felipe Drugovich, Gabriel Bortoleto, Enzo Fittipaldi, Pietro Fittipaldi e Aurelia Nobels são alguns dos nomes que se destacam nas categorias de base e nos programas de desenvolvimento das equipes, alimentando a esperança de que um novo ídolo brasileiro esteja a caminho de chegar na F1.
Felipe Massa foi o último brasileiro como piloto titular na F1, a última corrida de Massa foi em 2017, após isso, o brasileiro se aposentou da categoria e recentemente compete na Stock Car Pro do Brasil.
O caminho para conseguir assegurar um assento no grid como titular é cheio de obstáculos, sendo investimento de dinheiro o maior deles, para um piloto conseguir chegar na F1 além do talento e conquistas, como títulos nas categorias de base, é preciso levar um pacote de investidores e patrocinadores dispostos a levarem para a equipe que o piloto for competir.
Além do dinheiro já investido por toda a carreira, é estimado que todo o custo, desde as categorias de base, como Fórmula 4 até a Fórmula 1, é gasto um valor médio de 7 milhões de dólares (quase 35 milhões de reais).
Apesar das dificuldades, existem alguns pilotos brasileiros que estão no caminho para conseguir representar o Brasil no esporte, conquistando bons resultados nas categorias de base ou já atuando como pilotos reservas das equipes de F1.
Brasileiros no caminho para chegar a Fórmula 1
Felipe Drugovich
Campeão da Fórmula 2 em 2022, o piloto Felipe Drugovich atua como piloto reserva da Aston Martin desde 2023.
Na Fórmula 2, Drugovich competiu por três temporadas. Em seu primeiro ano terminou em nono lugar, 2021 em oitavo lugar com três pódios. Já em 2022, dominou a categoria com cinco vitórias e oito pódios, conquistando o título com folga.
Seu desempenho na Fórmula 2 chamou a atenção da Aston Martin, que o contratou como piloto reserva para a temporada de 2023 e renovou o contrato para 2024. Na equipe, Drugovich participa de treinos livres e testes, além de estar pronto para substituir os pilotos titulares caso necessário.
Em 2024, o paraense anunciou que voltará a competir.Drugovich dividirá suas responsabilidades entre a F1 e as corridas da European Le Mans. O piloto se junta à equipe Vector, dividindo o volante com o campeão do Mundial de Endurance (WEC), Stef Richelmi, e o piloto Ryan Cullen, competindo com o carro de número 10.
Gabriel Bortoleto
O jovem piloto brasileiro Gabriel Bortoleto, natural de São Paulo, vem trilhando um caminho de sucesso no automobilismo. Em 2023, ele se consagrou campeão da Fórmula 3, após uma temporada dominante com seis pódios e duas vitórias. Essa conquista o colocou em destaque no cenário mundial e rendeu-lhe um lugar na Academia de Desenvolvimento de Pilotos da McLaren.
Em 2024, Bortoleto deu o passo seguinte em sua carreira e ascendeu à Fórmula 2, categoria que serve como porta de entrada para a Fórmula 1. Competindo pela equipe Invicta Racing, ele já impressionou em sua estreia, com uma pole position na primeira classificação da temporada.
Enzo Fittipaldi
Herdeiro de uma dinastia lendária no automobilismo, Enzo Fittipaldi carrega o talento em seu DNA. No Kart conquistou seu primeiro campeonato.
Durante sua ascensão ingressou na Academia de Pilotos da Ferrari, venceu na Ginetta Junior e estreou na F4 Italiana com a Prema, sendo campeão em 2019. Na Formula Regional Europeia, terminou em segundo.
Na Fórmula 3, Enzo se destacou e chegou à Fórmula 2 em 2021. Ao final de 2022, entrou para a academia de pilotos da Red Bull e conquistou sua primeira vitória, com uma corrida Sprint no GP da Bélgica. Mas em 2024, é que em uma corrida principal chegou a primeira ida ao lugar mais alto do pódio para Enzo na Fórmula 2. A vitória aconteceu logo após a morte do seu tio, Wilsinho Fittipaldi, a quem o jovem piloto dedicou a vitória.
Pietro Fittipaldi
O irmão mais velho de Enzo também está trilhando seu caminho para chegar na Fórmula 1. Na Fórmula 1, ele permanece como piloto reserva da Haas pela quinta temporada consecutiva, pronto para entrar em ação caso um dos pilotos titulares, Kevin Magnussen ou Nico Hulkenberg, precise ser substituído. Já na Fórmula Indy, Pietro compete pela Rahal Letterman Lanigan Racing.
Em 2022, após Nikita Mazepin ser retirado da categoria por causa da Guerra Rússia e Ucrânia, a esperança era que Pietro assumisse o posto como piloto titular da categoria, mas Pietro fez apenas os pré-testes da temporada e Kevin Magnussen foi contratado.
A esperança é que com bons resultados em outras categorias como a Indy e as competições de endurance que Pietro participa, a Haas ou alguma outra equipe consiga ver como uma possibilidade de contratação.
Aurélia Nobels
Finalizando nossa lista de brasileiros chegando na Fórmula 1, a jovem piloto brasileira de apenas 17 anos, é um nome em ascensão no automobilismo mundial. Nascida em Boston, mas com dupla cidadania belga-brasileira, Aurélia faz parte da Academia de Pilotos da Ferrari desde 2022, após vencer o programa “Girls on Track – Rising Stars” da FIA.
Atualmente, Aurélia compete em duas frentes: a F1 Academy, categoria de base criada pela Fórmula 1, e a F4 dos Emirados Árabes. Na F1 Academy, Aurélia corre pela ART Grand Prix, equipe campeã da Fórmula 2 em 2023. A brasileira também compete na F4 dos Emirados Árabes Unidos.
Com talento e determinação, Aurélia Nobels sonha em chegar à Fórmula 1 e se tornar a primeira mulher a participar da categoria desde 1992.