Lewis Hamilton, o piloto com mais vitórias na história da F1, diz que a do Brasil 2021 foi a melhor da sua vida
O heptacampeão da Fórmula 1 está no Brasil desde segunda, quando desembarcou para receber o título de cidadão honorário brasileiro. O piloto está aproveitando esse tempo, antes do GP do Brasil para conhecer o país.
Durante esses dias Lewis Hamilton está com a agenda lotada: foi ao Congresso, encontrou lideranças negras na política nacional, visitou a fazenda de Ayrton Senna à convite da família e poucas horas antes da coletiva de imprensa estava na comunidade no Morro da Providência no Rio de Janeiro. Na comunidade conversou com as crianças do projeto Casa Amarela e até apostou corrida com carrinhos com os jovens da ONG.
Em coletiva de imprensa, na tarde de quarta (9), o piloto refletiu sobre essa passagem no Brasil e o título de cidadão honorário: “Foi uma honra incrível. Nunca pensei que algo assim pudesse acontecer. Sei que a população do Brasil está em transição agora. É como no resto do mundo, as pessoas ainda estão divididas, mas há muito amor aqui. E eu espero que a corrida faça isso, unindo as pessoas. A comida, as cores, as pessoas, a energia. Todos estão sempre sorrindo” afirmou.
Lewis Hamilton e sua voz nas causas sociais
Hamilton é uma força dentro do esporte por causas sociais. Desde que entrou na Mercedes AMG Petronas, em 2013, começou a pedir por mais diversidade dentro da equipe. E na própria Fórmula, uma categoria conhecida por ter grande maioria formada por homens brancos e com riqueza geracional. Hoje, a Mercedes AMG Petronas é a equipe com mais diversidade no grid.
“Eu acredito que o esporte tem dado passos importantes nos últimos anos para entender a sua plataforma. Eu acho que a primeira vez que eu comecei a falar sobre algumas coisas que estão acontecendo ao redor do mundo e algumas que eu me importo, era público que as pessoas não eram necessariamente abertos para isso. Eles diziam que não há lugar para política no esporte, mas direitos humanos não são política e deveria ser natural para todo mundo” refletiu.
Lewis Hamilton tem 37 anos, sendo assim as perguntas sobre aposentadoria estão por toda a parte, mas todas as vezes Hamilton afirma que deve ficar por mais muitos anos no esporte.
Sendo assim, a preocupação com o legado que deve deixar no esporte sobre direitos humanos é uma preocupação do atleta “É algo que eu me preocupo […], não vou me afastar completamente do esporte, vou sempre nutrir os relacionamentos. Mas, na pior das hipotéses, eu volto da aposentadoria” afirmou aos risos.
Ao final da coletiva ele agradeceu o apoio que recebe no Brasil e pediu a torcida dos brasileiros “Nós precisamos de todo o apoio, precisamos colocar aquela bandeira [brasileira] de volta no topo” prometeu.