Já foi abordado por um frentista pedindo para completar a água do radiador? Se sim, veja se realmente é hora de fazer o procedimento ou não
Quando se tem um automóvel, é necessário saber que existem itens importantes para a manutenção do carro que podem ser cuidados no dia a dia. Por falta de informação ou por negligência, há quem deixe de cuidar desses detalhes simples que, se não forem conferidos de maneira adequada, podem causar sérias dores de cabeça futuramente.
Um desses cuidados é com o nível da água do radiador. Tecnicamente, o certo é chamá-lo de líquido do sistema de arrefecimento, que é responsável por refrigerar o motor do carro. E respondendo à pergunta do início deste texto, faça a verificação do fluído do radiador por conta própria, seguindo as dicas a seguir.
Como funciona o radiador?
Assim como acontece com os organismos vivos, os motores dos carros precisam de algum mecanismo que regule sua temperatura durante o funcionamento. No caso dos motores a combustão refrigerados por líquido, que hoje equipam basicamente todos os carros novos, é o radiador quem faz esse trabalho.
O item radia para o ambiente externo o calor produzido pela queima do combustível, promovendo o resfriamento da máquina. Ao proteger o motor das altas temperaturas, o radiador evita o desgaste prematuro de seus componentes ou até mesmo a fundição do propulsor.
Para fazer esse equilíbrio térmico, o líquido de arrefecimento percorre um circuito fechado que vai do interior do motor, de onde o calor é retirado, até o radiador, que efetivamente dissipa a alta temperatura no ambiente. Quando o carro está em movimento, o ar recebido pela frente é direcionado para o radiador, retirando dali o calor acumulado.
Água ou fluido aditivo?
Apesar da água da torneira ser um excelente refrigerante natural, suas características físicas e químicas podem não ser adequadas para garantir a estabilidade da temperatura nos motores.
Usar água pura no sistema de arrefecimento pode provocar a criação de impurezas nas galerias e componentes do sistema de arrefecimento, além de provocar o aparecimento de corrosão e acelerar o desgaste das mangueiras.
Por isso mesmo, o sistema de arrefecimento só deve ser completado com uma solução de água destilada e aditivo próprio, que além de aumentar o ponto de ebulição e reduzir o de congelamento, ajuda também a prolongar a durabilidade dos componentes do motor.
Quando trocar o aditivo?
Durante muito tempo se recomendou a troca do fluído a cada 30 mil quilômetros ou a cada 12 meses. Mas muitos automóveis atuais recebem aditivos de longa duração, que costumam durar 5 anos e ultrapassar a marca de 200 mil quilômetros. Com isso, vale a pena chegar o prazo na documentação técnica do seu carro.
O sistema de arrefecimento dos carros atuais é do tipo circuito fechado. no qual o nível do fluído não deveria baixar. No reservatório de água há duas marcas que indicam os níveis máximo e mínimo de líquido no sistema. Mantenha o líquido sempre entre esses indicadores para que fique tudo bem no sistema de arrefecimento.
Aliás, na maioria das vezes, a necessidade de completar a água, como sugerem os frentistas, é um sinal de que alguma coisa não vai bem no sistema — provavelmente, há algum vazamento. Ou até mesmo um problema na tampa do vaso de expansão.
2 Comments
Meu carro estava sem água. Sim, um erro gravissimo. Mas posso colocar água da torneira e ir em uma loja especializada, para assim comprar o aditivo?
E como fazer para ‘tirar’ essa água que coloquei só para chegar na loja?
Oi, Camila. Tudo bem? Usar a água de torneira como uma “emergência”, não tem problema. É emergencial. Agora, para tirar toda essa água e substituir por um líquido novo aditivado, aí o recomendado é fazer em uma oficina mecânica mesmo. O procedimento caseiro pode fazer entrar ar no sistema e acabar causando um problema maior.
Mas fica tranquila que em um local especializado o procedimento é rápido e simples 🙂