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Precisa trocar óleo do câmbio automático?

mecânico retira óleo de uma transmissão automática

Afinal, precisa ou não trocar o óleo do câmbio automático? Saiba a resposta definitiva sobre essa pergunta aqui!

Os carros automáticos no Brasil já correspondem a mais da metade do mercado automotivo como um todo. Com a expansão desses carros nas ruas, começam a surgir mais dúvidas sobre eles. A mais comum é sobre a troca do óleo do câmbio automático, pois algumas fabricantes recomendam, já outras não. 

Acontece que, alguns consumidores, ao pegar o manual do proprietário percebem que a fábrica não recomenda a substituição do óleo, mas, posteriormente, essa pessoa teve problemas graves onde o mecânico diz que a culpa é do fluido que não foi substituído. Mas será que a culpa realmente é do fluido? Vamos falar um pouco sobre isso agora.

Troca-se ou não o óleo do câmbio automático? 

A resposta é simples: depende! Isso porque o câmbio automático pode, sim, exigir substituição com uma determinada quilometragem. Já em outros casos, existem caixas automáticas que sequer exigem a troca do fluido, pois ele dura a vida inteira.

precisa trocar o óleo do câmbio automático? - mecânica retirando cárter de óleo do câmbio

Por isso, a certeza se seu carro precisa ou não sempre estará no manual do proprietário. É o que comenta o Pablo Bueno, engenheiro mecânico da YPF Brasil. “A resposta se há necessidade de troca do lubrificante está inserida no manual de fábrica do veículo. A montadora detalha o óleo e sua durabilidade dentro do sistema de transmissão”.

Nenhum fabricante recomenda um procedimento que prejudique seu produto ou seu cliente. Se é dito que o fluido hidráulico do câmbio automático não precisa ser trocado, pode acreditar, não precisa mesmo. 

Aqueles que querem ir contra as indicações das montadoras argumentam que é necessário se basear na coloração do fluido, que deixa de ser vermelho e vai ficando escuro. Porém, esquecem que, na verdade, isso é apenas oxidação e não afeta as propriedades lubrificantes do fluido. 

Há uma exceção, que é quando se trafega em trechos alagados, pois nessas situações é possível que entre água no câmbio pelo respiro. Nesse caso, havendo dúvida, convém trocar o fluido sim. 

Quais são os tipos de óleo para câmbio automático?

Os lubrificantes para câmbios automáticos variam de acordo com sua base, seja ela mineral, sintética ou semissintética. Os lubrificantes da YPF Brasil da linha Hidro ATF, por exemplo, atendem diferentes tipos de transmissões com níveis de desempenho para cada tipo de aplicação.

“Cada câmbio é desenvolvido e montado de uma forma diferente, por exemplo o CVT, essa tecnologia precisa de aditivação diferentes do que um óleo para transmissões automáticas convencionais. Nossos lubrificantes são compatíveis com as principais especificações do mercado de transmissões automáticas, como por exemplo: GM Dexron, Ford Mercon, Honda HCF-2 e Toyota CVTF”, explica Bueno.

E no câmbio automático do tipo CVT?

A lógica da troca de óleo do câmbio automático do tipo CVT é a mesma de qualquer outro tipo de caixa: tanto pode precisar de substituição quanto pode dispensar. Tudo vai depender da recomendação da fabricante do veículo, que consta no manual do proprietário.

honda wr-v exl 2021 alavanca de cambio

Mas, vale destacar que, independente do tipo de câmbio, é necessário verificar periodicamente o nível do óleo do câmbio automático. Essas verificações ajudam a prevenir um vazamento, por exemplo. Em carros nos quais se faz a troca do fluido, o proprietário deve procurar mão de obra capacitada para a realização do procedimento. 

Câmbio automatizado

Outra dúvida bem comum é sobre a necessidade de trocar o óleo da caixa de marchas. Embora tenham um princípio de funcionamento muito parecido, os câmbios automatizados são muito diferentes dos automáticos sob o ponto de vista técnico. 

interior do stilo sporting dualogic

Os automatizados têm uma caixa acoplada a uma embreagem, se tornando assim um projeto similar ao do sistema manual. A diferença é que, em vez de o motorista fazer as mudanças de marchas, é um sistema com atuadores elétricos, ou hidráulicos, com gerenciamento eletrônico, que realiza essas operações.

Já o câmbio automático é composto por um mecanismo de engrenagens diferentes, do tipo planetárias. Por último, no sistema CVT há duas polias de diâmetro variável, ligadas por uma corrente. Nesses dois casos, no lugar da embreagem, há um conversor de torque.

Logo, por se parecer mais com as caixas manuais, a vida útil do óleo do câmbio automatizado também é semelhante a estas. Assim, em ambos os sistemas, quase na totalidade, não é recomendado trocar o fluido periodicamente, mas para que haja certeza, não esqueça: confira o que diz no Manual do Proprietário do veículo.

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Uma resposta

  1. Esse papo de “óleo vitalício” ainda gera muita dúvida… mas será que o fluido aguenta mesmo 150 mil km em condições reais de uso no Brasil? Trânsito pesado, calor, sobe e desce constante… tudo isso pesa. Eu prefiro não arriscar

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