Segundo o CEO da Aston Martin, a participação do Safety Car na principal competição automobilistica do mundo Fórmula 1, levou a empresa a ganhar 80 milhões de dólares
A Aston Martin voltou seus trabalhos na Formula 1 em 2021, quando passou a revezar o carro de segurança da competição a Mercedes, empresa que realizada o trabalho há anos. O Safety Car da Formula 1 não só ajudou a criar uma maior visibilidade no mundo automotivo, como também trouxe muita grana para a empresa.
Respondendo a perguntas sobre quanto custa o envolvimento da Aston Martin na Formula 1, o CEO da empresa, Lawrence Stroll, disse que o Vantage F1 Edition compensou o investimento.
Segundo ele, o modelo, após ser o carro médico oficial da F1, gerou entre 300 e 400 vendas, ou seja, nada menos que US$ 80 milhões. Convertido sem nenhum desconto, o valor é de R$ 400 milhões.
“Existe uma expressão, não acreditei, mas na verdade estamos experimentando: corrida no domingo, venda na segunda”, disse Stroll. Ele acrescentou que 300 a 400 vendas podem parecer “um número pequeno, mas para uma empresa do nosso tamanho, é relativamente importante”.
Inspirado no carro de segurança que lidera o grid da Fórmula 1 quando o ritmo precisa ser controlado após um acidente, a linha Vantage F1 Edition foi descrito, em seu lançamento, como um dos modelos mais rápidos da empresa.
Vantage F1 Edition
O modelo foi modificado com um kit aerodinâmico que adicionou 200 kg de downforce. Seu chassi também é reforçado, além dos amortecedores e molas atualizados. Seu motor foi outro ponto ajustado, subindo sua capacidade para 527 cv de potência, ou seja, 25 cv a mais do que o modelo de rua.
Crescimento nas vendas
Com certeza, além de seu visual e status de Safety Car Aston Martin, além de carro de Formula 1, essas melhorias técnicas foram alguns dos motivos do que atrairam alguns clientes. Mas, independente do que chamou a atenção dos consumidores, eles se prontificaram a pagar cerca de US$ 200.000 por unidade.
E a lista de interessados cresceu tanto, que a empresa viu uma demanda anormal para esse modelo, fazendo com que até a fila de espera aumentasse.
De qualquer forma, o valor de US$ 80 milhões é menos do que as equipes de F1 gastam em uma temporada (os orçamentos para as equipes do esporte são limitados a US$ 135 milhões), mas já se tornou um bom retorno para a empresa inglesa.
Carros de médico da história da Formula 1
Ao longo da história da Fórmula 1, vários carros de médicos foram utilizados como Safety Car para garantir a segurança e o rápido atendimento médico em caso de acidentes durante as corridas. Esses veículos costumam ser rápidos e com todos os equipamentos médicos necessários para emergências.
O modelo que exerce esse papel nas corridas pode variar de temporada para temporada, dependendo dos acordos entre as montadoras e a organização da Fórmula 1. Além disso, cada carro médico é cuidadosamente selecionado, devendo atender principalmente a critérios de segurança.
Outros modelos
Mercedes-Benz C36 AMG (1996): A Mercedes-Benz forneceu um Mercedes-Benz C36 AMG como carro médico oficial da Fórmula 1 em 1996. Esse modelo apresentava um motor V6 de 3.6 litros e era equipado com tecnologia avançada para garantir a pronta resposta médica em caso de acidentes.
Mercedes-Benz SLK 55 AMG (2008): O Mercedes-Benz SLK 55 AMG foi utilizado como carro médico na temporada de 2008. Com um motor V8 de 5.5 litros, esse carro era capaz de alcançar 250 km/h e garantir uma resposta rápida em emergências.
Mercedes-AMG GT R (2018): A partir de 2018, a Mercedes-AMG introduziu o Mercedes-AMG GT R como carro médico oficial da Fórmula 1. Esse veículo de alto desempenho apresentava o propulsor V8 biturbo de 4.0 litros e era capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 3.6 segundos.
