O Audi A3 é uma opção para quem busca um médio usado premium com preço de compacto 0km. Mas é preciso ficar atento a alguns detalhes
Embora os hatches médios tenham praticamente sumido de cena no mercado de carros 0km, ainda são uma opção interessante para quem busca um veículo com carroceria de dois volumes e mais espaço (e sofisticação) do que nos compactos.
Nesse segmento, uma opção interessante para quem busca carro premium é o Audi A3 de 3ª geração. Concorrente de BMW Série 1 e Mercedes-Benz Classe A, o modelo chegou ao Brasil em 2013 nas variações hatch de 3 portas (Sport) e de 5 portas (Sportback).
Já no ano seguinte, a marca alemã deixou de oferecer o A3 Sport, focando a oferta apenas no Sportback. Em 2017, o modelo estreou uma leve reestilização, quando incorporou nova dianteira, rodas e lanternas com novo arranjo de luzes.
A oferta de configurações também ficou mais restrita, com o modelo passando a ser vendido apenas com o motor 1.4 TFSI até sair de cena no mercado brasileiro, em 2020.
Motorização
Primeiro Audi a utilizar a então nova plataforma modular MQB do Grupo Volkswagen, o A3 de 3ª geração tem como opção de motorização de entrada um 1.4 turbo a gasolina de 122 cv, combinado a um câmbio automatizado DSG (DQ200) de sete marchas e dupla embreagem.
Este conjunto era exclusivo da versão de entrada Attraction do A3 Sportback. Com ele, o hatch acelera de 0-100 km/h em 9,3 segundos e atinge 203 km/h de velocidade máxima.
Já o 1.8 turbo de 180 cv era exclusivo da versão Sport e da A3 Sportback Ambition. Também equipado com o câmbio DSG de sete marchas, vai de 0 a 100 km/h em 7,3 segundos e chega a 232 km/h.
Equipamentos
Nas versões mais caras, o Audi A3 de 3ª geração traz faróis de xenônio, rodas de 17”, central multimídia, ar-condicionado automático de duas zonas, direção eletrohidráulica, teto solar panorâmico, controles eletrônicos de tração e estabilidade, airbags laterais, de cortina e para o joelho do motorista.
Já a versão Attraction dos primeiros anos trazia o mesmo bom acabamento das mais caras. Mas era bem mais tímida em termos de equipamentos de série. Deixa de fora itens como bancos de couro, ar-condicionado digital e até o controlador automático de velocidade.
Com a reestilização de 2017, o modelo passou a ser oferecido na configuração única Ambiente 1.4, que incorporou novos equipamentos como os faróis de LED. Na linha 2019, com a atualização do nome das versões, a Ambiente virou Prestige Plus.
Vale destacar que o Sportback é ligeiramente mais longo que o Sport. Tem 4,31 m de comprimento, 1,78 m de largura, 1,42 m de altura e entre-eixos de 2,63 m (enquanto o três portas tem 4,23 m de comprimento e entre-eixos de 2,60 m). O resultado é um porta-malas com capacidade para 380 litros (ante os 365 litros do Sport).
Direção
A ligação estreita entre o Audi A3 e o Volkswagen Golf faz com que o hatch da marca premium também seja elogiado pelo bom acerto.
No Brasil, todas as versões empregam com o conjunto de suspensão traseiro multilink, o que garantia ao modelo um melhor equilíbrio em termos de conforto e estabilidade.
Mas quem busca bom desempenho deve focar a sua busca nos carros equipados com o motor 1.8. Não que o 1.4 faça feio. Mas o ponto forte do motor de menor litragem está no baixo consumo de combustível.
Pontos negativos
Como acontece com qualquer modelo premium com alguns anos de estrada, o Audi A3 cobra caro do proprietário em termos de custos de manutenção, com custos de peças e serviços bem superiores ao dos modelos médios de marcas generalistas. Por isso mesmo, vale garimpar por carros de boa procedência e com um histórico de reparos.
Outro ponto de atenção vai para o câmbio automatizado DQ200, que garante o bom desempenho para o modelo, mas também pode sofrer com excesso de ruídos, falhas de funcionamento e defeitos em componentes internos. Sua manutenção é cara e exige mão de obra especializada.
Gerações passadas
Se o seu orçamento ainda não comporta o A3 de 3ª geração, uma opção são os carros de mais antigos. Como o modelo de 2ª geração, lançado no Brasil em 2007, ou o A3 pioneiro, feito no Brasil entre 1999 e 2006.
Unidades da linha 2000 podem ser encontradas no mercado por preços abaixo de R$ 20 mil. Por outro lado, o custo de manutenção alto que afeta os carros mais novos também pode se tornar uma dor de cabeça para os donos dos exemplares mais antigos.
Audi A3 Sedan
Além do hatch importado da Alemanha, o Audi A3 de 3ª geração foi o primeiro a contar com uma variação de três volumes. Lançado em 2014 no Brasil, chegava importado da Hungria e se destacava por ser um sedã premium com preço dos médios “comuns” da época.
O espaço interno era menor do que nos médios das marcas generalistas. Mas o conjunto mecânico era o mesmo do A3 Sportback, com motores 1.8 e 1.4 turbo, câmbio de dupla embreagem de sete marchas e suspensão traseira do tipo multilink.
A partir de 2015, ganhou produção local, na fábrica de São José dos Pinhais (PR). Foi quando o modelo incorporou o motor 1.4 turbo flex de 150 cv e o câmbio automático de seis marchas usado no Volkswagen Golf nacional.
O modelo trocou ainda a suspensão traseira multilink por um conjunto com eixo de torção. O conjunto multibraços só seguiu presente na versão equipada com o motor 2.0 a gasolina de 220 cv.
O A3 Sedan permaneceu em linha na unidade industrial paranaense até o final de 2020. Em maio, a 4ª geração do sedã e do hatch Sportback foram lançadas oficialmente no mercado brasileiro.
