Chinesa Great Wall anuncia investimento de R$ 10 bi no Brasil e linha de SUVs e picapes híbridas.
Depois de adquirir a antiga fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP), a chinesa Great Wall revelou em detalhes nesta quinta-feira (27) os seus planos para o mercado automotivo brasileiro.
Até 2032, a Great Wall irá investir R$ 10 bilhões no Brasil, sendo R$ 4 bilhões entre 2022 e 2025. Período em que o grupo industrial pretende lançar 10 modelos, das suas marcas Haval e Tank (SUVs) e Poer (picapes).
Os primeiros carros chegam ao Brasil importados até o fim de 2022. Sem revelar os modelos selecionados para o mercado local, a companhia se limitou a informar que esses automóveis serão evoluções da gama atual da Great Wall, com novidades estéticas e mecânicas que serão reveladas ainda este ano na China.
Mas já se sabe que esses SUVs e picapes terão motorização híbrida, em opções de configuração que variam de 230 cv a 430 cv de potência e 41,8 kgfm a 77,7 kgfm de torque. Um deles, inclusive, será um híbrido plug-in com autonomia elétrica de 200 km.
Já a produção local terá início em 2023, depois de um processo de atualização da unidade industrial no interior paulista. Até 2025, a Great Wall pretende gerar 2.000 empregos diretos e atingir um índice de nacionalização dos seus produtos de 60%.
Primeira fábrica do grupo na América Latina, a unidade de Iracemápolis (SP) terá capacidade de produzir 100 mil carros/ano. O objetivo é atender ao mercado local e de exportação.
Carros elétricos e novas tecnologias
Conhecida na China pelos seus carros elétricos de visual exótico, a Ora é outra marca do portfólio da Great Wall que também teve confirmado o seu lançamento no Brasil.
Mas os carros da Ora começam a chegar ao mercado automotivo brasileiro apenas em 2025, na 2º parte do plano de investimento do grupo chinês.
A linha de automóveis elétricos é uma das promessas futuras da Great Wall. A empresa revelou ainda que todos os seus carros produzidos no Brasil vão contar com sistema de direção semiautônomo e compatibilidade com a tecnologia 5G.
A companhia confirmou também o plano de investir no desenvolvimento local de novas tecnologias. Como o uso de etanol como fonte de geração de hidrogênio para veículos com célula de combustível.
*Com informações de Fernando Naccari, de Iracemápolis (SP)