O Toyota híbrido é o mais vendido da categoria até hoje, conheça mais sobre ele.
Texto: Bárbara Lira
Fotos: Divulgação
Quando se fala em Japão, o pais que é a maior potência em inovação da atualidade, é impossível não pensar na tecnologia empregada aos seus produtos. E quando falamos da Toyota, um fabricante automotivo japonês, isso não é diferente.
Globalmente, a montadora é uma das empresas que mais tem conhecimento e tradição na produção de carros híbridos. Essa história começou em 1997, quando a gigante japonesa começou a vender o primeiro Prius no mercado japonês.
Naquela época, pouco se falava sobre a emissão de gases na atmosfera provenientes dos automóveis. Daí o nome de batismo Prius, que em Latin significa “antes”. O Toyota híbrido deu start na difusão desse conceito no mundo – ele foi, de fato, o primeiro veículo híbrido a ser produzido em série.
Como tudo que é novo, a primeira geração deste híbrido foi olhada com muita desconfiança pelo mercado. Isso porque, o setor ainda não considerava fundamental o desenvolvimento dessa tecnologia para carros de produção em série com destino a clientes particulares.
Saltando para 2003, depois de 6 anos de sua estreia, a fabricante apresentou a segunda geração do Toyota híbrido Prius, que por sua vez, chegou totalmente redesenhado e com nova mecânica. A versão tinha o motor a combustão, com 1.5 de potência e o elétrico, alimentado a bateria, entregava 67 cv de potência. A partir desta reestilização, o carro passou a ser fabricado também na China e nos Estado Unidos, por lá, se tornou o veículo mais eficiente em consumo de combustível líquido. Em 2005 ganhou a marca de Carro do Ano na Europa.
Em 2009 a Toyota apresentou a terceira geração do Prius. O carro chegou com a corroeria renovada e equipamentos que reduziam ainda mais o consumo. Uma das principais novidades foram os painéis solares no teto, responsáveis por gerar energia aos equipamentos elétricos do carro. Com a chegada dos novos concorrentes como o Honda Insight e ao futuro Volt da GM, a Toyota não queria perder a liderança deste segmento no mercado norte-americano.
O Prius 3 também dispunha de melhorias mecânica e híbrido. A nova geração era composta por um motor 1.8 à combustão de 98 cv e também por um novo motor elétrico, que alimentado por baterias de níquel, entrega 80 cv.
Chegada do Toyota híbrido ao Brasil
Em 2013, quase uma década e meia depois do início de toda essa história, o Toyota híbrido ao Brasil, já em sua terceira geração. Por aqui, ele teve outras 3 versões que se difundiam do original: a com Plug-In (que também carrega na tomada), o monovolume V e o hatch C.
A estreia do Prius por aqui demorou por conta da introdução tardia da tecnologia híbrida da Toyota no mercado nacional – muito disso, causado pela legislação brasileira, que até em dia atuais tem dificuldades em apresentar incentivos a essa tecnologia.
A quarta geração chegou em 2016, com mais mudanças no visual. A nova geração do híbrido ganhou um visual mais futurista, deixando as linhas mais retas do antecessor para trás. A nova linha teve motor 1.8 que foi redesenhando, gerando 98 cv de potência, que funcionava em conjunto com o motor elétrico de 72 cv. A maior novidade da vez era sua plataforma, que tinha a arquitetura global TNGA, que proporcionou para o carro um centro de gravidade mais baixo.
2021: Novo ano, novo Prius
O híbrido mais comercializado do mundo evoluiu mais uma vez em tecnologia e design. O modelo da Toyota ganhou novos faróis e lanternas, além de um novo visual no para-choque. O Prius 2021 recebeu um carregador wireless entre os bancos dianteiros – que funciona somente para smartphones com essa tecnologia – e sistema de som JBL.
Apesar de pontos novos, o Toyota híbrido continua com o mesmo conjunto mecânico desde 2018, composto pelo motor 1.8 a gasolina e outro elétrico, gerando no total 122 cv.
O que é uma mecânica hibrida?
A principal característica de um veículo híbrido é que ele funciona com dois tipos de motores: um elétrico e outro movido a combustão – pode ser álcool ou gasolina.
A configuração mais comum é a Full. Nesse caso, ambos motores atuam no eixo dianteiro. Ele possui motor a combustão e motor elétrico integrados na transmissão e bateria de alta capacidade, de 250 V ou mais para tração. Essa bateria é recarregável pela ação do veículo (transformando o movimento em geração de energia), sem a necessidade de ligações externas – esse é justamente o caso do Toyota híbrido.
Outros utilizam o motor elétrico no eixo traseiro para ter tração integral sem a necessidade do cardã, que aumenta a perda mecânica e o consumo. Esses são chamados de Mild e operam com motor de partida e gerador integrado, acionado por correia ou montado no volante do motor, com bateria adicional de 42 V a 120 V para tração – como é o caso do Volvo XC60.
Há ainda o terceiro caso, o chamado Micro. Esse, menos comum, tem um mine motor a gasolina que serve para recarregar as baterias e aumentar a autonomia. Ele também funciona com motor de partida e gerador integrado, acionado por correia ou montado no volante do motor – como a BMW i3.