Ford, General Motors, Honda e Volkswagen. Confira o plano das montadoras para ser neutra em carbono e que passa pelo Brasil
Em 12 de dezembro de 2015 foi assinado um dos principais tratados da era moderna: o Acordo de Paris. Nele, 195 países se comprometeram a reduzir a emissão de gases poluentes para evitar a piora das alterações climáticas.
Além dos acordos governamentais, empresas que atuam no mundo inteiro começaram a assumir a responsabilidade de acabar com a emissão de gases do efeito estufa. Entre essas empresas, as principais são montadoras como a Ford, General Motors, Honda e Volkswagen, que pretendem ser neutra em carbono em períodos que variam entre 2030 e 2050.
Na Europa, o prazo para o fim da fabricação de veículos a combustão é até 2030, mas não é só por lá que a indústria automotiva está realizando mudanças. Para ter êxito no plano de neutralidade, há mudanças que passam por muitos países, inclusive pelo Brasil.
General Motors
O plano da gigante estadunidense é se tornar neutra na emissão de carbono até 2040. Segundo Gláucia Roveri, Gerente de energia e meio ambiente para América do Sul, a empresa pretende mudar em todas as pontas, até chegar em um portfólio totalmente elétrico.
“Nas operações já existe um grande trabalho para ser menos poluente e consumir menos recursos naturais. Nos próximos anos vamos pensar em processos mais eficientes, nos quais existe a oportunidade de trocar a matriz energética por uma mais limpa”, explica a executiva.
Um dos principais pontos de mudança em suas linhas de produção são os fornos, que, antes, queimavam diesel e, atualmente, usam gás natural. Futuramente, a empresa espera alimentar esses itens por energia elétrica, através de resistências ou motores eletrificados. Assim que implementado, essa mudança nas fábricas deve atingir as plantas do Brasil.
Volkswagen
A empresa alemã está pensando em atingir a neutralidade em um período menor, até 2030. A marca, que está chamando o plano de “Way to Zero”, já possui algumas iniciativas, como um investimento de nada menos que 14 bilhões de euros em descarbonização do mercado automotivo até 2025.
Apesar da proposta ousada, a empresa também trabalha com o pé no chão, sabendo que algumas partes de sua operação nunca deixarão de emitir CO2. Para estes casos, a Volkswagen está realizando um debate interno para a definição da estratégia a ser adotada para minimizar seus impactos.
Honda
Em busca de ser uma das principais montadoras sustentáveis no Brasil, a Honda também tem um plano em ser uma montadora neutra em carbono, a Honda investiu no parque eólico instalado em Xangri-lá, Rio Grande do Sul. Lá, é gerada a energia suficiente para abastecer toda a sua produção de automóveis no Brasil. A operação da marca japonesa possui 10 aerogeradores que, juntos, possuem potência de 31,7 MW.
O plano da Honda se baseia no aprimoramento da utilização de recursos, maior eficiência energética de seus produtos e redução nas emissões de CO2 . Quando falamos de produto, o maior avanço nessa política é a chegada no Brasil do híbrido e tecnológico Accord.
Ford
A empresa também possui um projeto ambicioso para se tornar neutra em carbono até 2050. Como uma das últimas iniciativas para atingir esse objetivo, a empresa fechou uma parceria com a Manufacture 2030 (M2030), uma plataforma dedicada a medir, gerenciar e reduzir a pegada de carbono das empresas.
A ideia é eliminar as emissões de gases tóxicos em sua cadeia de fornecedores. Ao firmar essa parceria, a Ford se tornou a primeira empresa estadunidense a incluir sua cadeia global de fornecedores na plataforma.