Criada por um engenheiro argentino, a Pagani fez história com carros superesportivos de alma alemã e design italiano.
A Pagani Automobili é famosa no mundo automotivo por ser uma fabricante italiana de carros esportivos e componentes de fibra de carbono. Mas muita gente não sabe que ela tem um pé aqui na América do Sul.
A Pagani foi fundada em 1992 pelo argentino Horacio Pagani. Depois de atuar no segmento automotivo em seu país natal, o engenheiro seguiu para a Itália em 1983, conseguindo um emprego na Lamborghini, onde investiu no desenvolvimento do uso da tecnologia de materiais compósitos em automóveis.
Horacio permaneceu na fábrica de Sant’Agata Bolognese até 1991, quando deixou o fabricante de supercarros para abrir a sua própria empresa. Chamada Modena Design, produzia componentes em materiais compósitos para montadoras e equipes de Fórmula 1. Ao mesmo tempo, trabalhava no projeto daquele que seria o seu primeiro carro.
O primeiro Pagani
O plano de Horácio era criar um carro chamado Fangio F1. Numa homenagem ao seu amigo, o pentacampeão argentino de Fórmula 1 Juan Manuel Fangio .
Para isso, ele conseguiu fechar com a Mercedes-Benz, em 1993, o fornecimento de um motor V12 M120 para o desenvolvimento do protótipo do supercarro.
Com poucos recursos para uma empreitada do tipo, o primeiro dos carros de Pagani só ganhou a forma definitiva em 1999, quando foi apresentado no Salão de Genebra (Suíça).
Nesse meio tempo, em 1995, o piloto argentino morreu e Pagani decidiu mudar o nome do carro, que ganhou então o nome de Zonda C12.
O primeiro modelo da Pagani teve seu exterior inspirado nos protótipos de Le Mans do final dos anos 1980 e início dos anos 1990, trazendo ainda elementos visual únicos, como os escapes quádruplos concentrados em um único elemento circular.
Zonda Cinque Roadster
O Zonda seguiu em produção até 2019, em uma série de variações e novos motores (sempre da Mercedes-AMG). Uma delas é o Zonda Cinque Roadster.
O modelo surgiu a pedido de um revendedor Pagani em Hong Kong e teve produção de cinco unidades em 2009. Uma das principais mudanças do Cinque em comparação a outras variantes do Zonda era o câmbio automatizado de seis velocidades, combinado ao motor 7.3 V12 de 678 cv. Resultando em um carro capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 3,4 segundos.
Além dos novos elementos visuais, aerodinâmico e mecânicos, o Zonda Cinque Roadster traz uma estrutura produzida em carbo-titânio, que incorpora o metal na trama para aumentar a resistência e a rigidez da carroceria.
Pagani Huayra
O Huayra surgiu em 2011 como um substituto para os carros da família Zonda. Com um desenho mais atualizado em relação ao antecessor, mas ainda assim mantendo a identidade visual da marca, o modelo se destaca pelo uso de elementos aerodinâmicos ativos e pelo novo motor V12 da Mercedes-AMG. Que atinge 840 cv em sua configuração mais extrema.
O Pagani Huayra segue o padrão do Zonda, sendo oferecido em séries especiais limitadíssimas como a Tricolore (que faz uma homenagem aos 60 anos do Frecce Tricolori, o time de acrobacia aérea da Força Aérea da Itália), com oferta de carros que não enchem os dedos de uma mão.
A versão mais extrema do Huayra é a R. Mostrada em 2021, é uma versão de competição do supercarro. Usa um motor V12 aspirado de 850 cv desenvolvido pela própria Pagani e tem produção limitada a 30 unidades.