Resultado do teste de colisão com o Citroën C3 gera preocupação da Latin NCAP com chamado para revisão dos requisitos de segurança
A Latin NCAP divulgou na quinta (13) os testes de colisão que o Citroën C3 passou, e os resultados preocupam a entidade. O hatch zerou os testes de colisão, tendo notas alarmantes. A Latin NCAP é uma organização independente que avalia a segurança dos veículos vendidos na América Latina e Caribe, colocando os veículos em prova de vários tipos de colisão para provar a segurança dos passageiros e pedestres.
O pior resultado do hatch compacto foi na proteção para crianças, alcançando apenas 5,93 pontos, o que representa 12,1%. Já para passageiros adultos, a pontuação foi de 12,21 (30,52%), 23,88 (49,74%) para pedestres e outros usuários vulneráveis da estrada, e 15 (34,88%) para sistemas de assistência à segurança.
De acordo com a entidade, a classificação de zero estrela para o C3 se deve “estrutura instável, à fraca proteção contra colisões frontais, à falta de proteção lateral para a cabeça e à falta de lembrete de uso do cinto de segurança”. O veículo foi avaliado em impacto frontal, impacto lateral, chicotada cervical (whiplash), proteção para pedestres e Controle Eletrônico de Estabilidade (ESC) como equipamento padrão.
“É vergonhoso que a Stellantis, que sabe perfeitamente como desenvolver carros mais seguros a preços acessíveis, tenha projetado um carro de segurança tão ruim como o Citröen C3. Um carro dessa natureza representa uma afronta à saúde e à integridade dos latino-americanos, que são tão vulneráveis em situações de colisões e atropelamentos quanto os habitantes dos países onde a Stellantis jamais se atreveria a comercializar um carro com segurança tão precária”, afirmou Stephan Brodziak, presidente do Conselho de Administração do Latin NCAP.
Em um comunicado oficial, sobre o resultado do Citröen C3 em teste de colisão , a Stellantis afirmou:
“A Stellantis afirma seu compromisso com a proteção veicular, desenvolvendo veículos modernos e alinhados com o segmento. Reafirma ainda que seus automóveis atendem todas as regulamentações vigentes”.
A entidade ainda faz um apelo à Stellantis para que pare de produzir carros que representam um risco tanto para seus ocupantes quanto para os outros usuários da via com os quais compartilham a estrada.
“Com esse resultado, somado ao baixo desempenho de Strada, 208, Cronos/Argo, entre outros, o Latin NCAP os incentiva fortemente a revisar esses requisitos, que estão longe do que eles alegam e do que os consumidores da região merecem”, conclui Alejandro Furas, secretário-geral do órgão de segurança.