O GP da Austrália fica marcado como um dos mais caóticos da F1, foi a prova com mais bandeiras vermelhas
A corrida em Melbourne começou 2h da manhã para os brasileiros, mas dificilmente deixou como sono quem ficou acordado para acompanhar o GP.
Ao fim da prova, apenas 12 pilotos ainda estavam no grid, Max Verstappen da Red Bull em 1°, Lewis Hamilton em 2° com uma boa recuperação da Mercedes e Fernando Alonso em 3°, depois de ter batido na terceira relargada do dia e ter a posição recuperada por uma decisão da FIA.
Os pilotos Charles Leclerc, Alex Albon, George Russell, Kevin Magnussen, Logan Sargeant, Nicky DeVries, Esteban Ocon e Pierre Gasly tiveram que abandonar o GP da Austrália ao longo das 58 voltas.
Primeira Largada do GP da Austrália
Max Verstappen, que largou de pole position, sofreu com as duas Mercedes que largavam de P2 e P3. Pouco depois da largada Verstappen já perdeu a posição para George Russell e Lewis Hamilton. E até a primeira Red Flag não conseguiu recuperar a posição. As Mercedes já ameaçavam uma melhora na performance durante o final de semana nos testes livres e na qualificação, a expectativa da equipe ao chegar no circuito era conseguir um 5° e 6° lugar, mas terminaram a etapa com um pódio de Lewis Hamilton.
Charles Leclerc sofreu uma batida de Lance Stroll já na primeira volta e teve que abandonar a corrida.Assim, deixando a Ferrari apenas com Carlos Sainz para pontuar. Poucas voltas depois, na oitava, Alex Albon, bateu e trouxe inicialmente o Safety Car, a Mercedes acreditou que seria apenas um SC e chamou Russell para o pitstop, mas em seguida, a direção de prova decidiu que pela quantidade de detritos que estavam na pista seria uma bandeira vermelha e todos os carros deveriam voltar para os boxes.
A falta de sorte de George Russell poderia ter acabado nessa única decisão, mas na volta 18 o carro o piloto inglês teve um problema na unidade de energia, e teve que abandonar a corrida.
Red Bull e o “DRS triplo”
A Red Bull mostrou, mais uma vez, o nível extremamante superior que está comparado com o resto do grid nessa temporada. Quando o piloto holandês conseguiu ultrapassar Hamilton, na volta 12, em apenas uma volta Verstappen conseguiu ficar com 3 segundos de vantagem. Enquanto isso, Sérgio Pérez, que teve que largar do final do grid, estava escalando e já garantia o 16° lugar. O mexicano conseguiu terminar o GP da Austrália em 5°.
Antes da última bandeira vermelha, a vantagem já estava em 10 segundos, com Lewis Hamilton levando o carro da Mercedes no limite para tentar competir. Fernando Alonso na Aston Martin vinha em seguida tentando chegar próximo a Hamilton, mas sem sucesso. Nesse circuito ficou ainda mais evidente o tanto que o carro da RBR consegue acelerar com o DRS ativado, sendo chamado até de DRS triplo pelo público.
Bandeiras vermelhas, confusão e 4 relargadas
Para quem não assistiu a corrida, pode ser confuso tentar acompanhar tudo o que aconteceu nas quase 3 horas de prova. A primeira bandeira vermelha chegou com Alex Albon batendo na volta 8, com a batida vários detritos ficaram na pista. Sendo assim, a direção de prova decidiu trazer a primeira bandeira vermelha.
Na volta 55 de 58, o carro de Kevin Magnussen perdeu um pneu que ficou jogado na pista, mais uma vez a FIA decidiu pela bandeira vermelha. Com poucas voltas para o final da prova era promessa de emoção. Mas com a decisão de uma largada parada poderia ser risco de acidentes e foi exatamente o que aconteceu.
Carlos Sainz colidiu com Fernando Alonso, em seguida os dois carros da Alpine bateram, deixando os dois pilotos franceses fora do GP. Ao mesmo tempo que na curva 1 Sargeant ficou travado e colidiu com Nicky DeVries que também ficou de fora.
Última relargada na última volta do GP da Austrália
Após as batidas na terceira relargada, foi a vez da última bandeira vermelha. E além disso, uma longa espera para decisões quanto a ordem de relargada. A FIA decidiu devolver a posição para Fernando Alonso e dar 5 segundos de punição para Carlos Sainz por ter causado a batida com Alonso. Isso fez com que o piloto da Ferrari saísse do 4° lugar a caísse para o 12°, fora da zona de pontuação.
O espanhol reclamou muito no rádio e após a prova foi tentar conversar com os diretores de prova, mas sem sucesso. A Ferrari saiu da Austrália sem pontuação caindo para o 4° no campeonato de construtores.
Para o resto do grid as posições se manteram, apesar de ter uma relargada, por estar na última volta os carros apenas saíriam após o Safety Car para a bandeirada, mas sem qualquer oportunidade para uma ultrapassagem.
O GP da Austrália trouxe a confirmação da superioridade da Red Bull, uma esperança para uma melhora na Mercedes, que atualmente tem o 4° carro mais rápido do grid. E além disso, os primeiros pontos de Oscar Piastri, da McLaren, em uma corrida em casa.
O próximo GP da temporada de 2023 da F1 vai ser em Azerbaijão (Baku) no dia 30 de abril.