Ministério do Desenvolvimento firmou a volta total do imposto para carros elétricos e híbridos para 2026, e retorno parcial em 2024
Após muita conversa entre o setor automotivo e o Governo Federal, na tarde desta sexta (10) foi decidido o retorno do imposto de importação para carros elétricos e híbridos a partir de janeiro de 2024. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), protocolou as medidas para o retorno do imposto no mercado brasileiro.
Segundo o ministério, a volta será gradual ao longo dos próximos anos, até chegar a alíquota de 35% em 2026. O imposto subirá gradualmente com quatro divisões. O Governo, ainda dividiu o retorno do imposto com base na propulsão, para permitir que as montadoras ainda consigam importar veículos com isenção.
Cotas para carros eletrificados
Tipo de veículo | junho/2024 | junho/2025 | junho/2026 |
Elétrico | US$ 283 milhões | US$ 226 milhões | US$ 141 milhões |
Híbrido plug-in | US$ 226 milhões | US$ 169 milhões | US$ 75 milhões |
Híbrido | US$ 130 milhões | US$ 97 milhões | US$ 43 milhões |
Retorno gradual do imposto de importação carros híbridos e elétricos
Tipo de veículo | jan/2024 | julho/2024 | julho/2025 | julho/2026 |
Elétrico | 10% | 18% | 25% | 35% |
Híbrido plug-in | 12% | 20% | 28% | 35% |
Híbrido | 12% | 25% | 30% | 35% |
Atualmente, não é produzido nenhum veículo elétrico no Brasil. A medida de alíquota zero no imposto de importação de elétricos e eletrificados foi tomada há 8 anos para incentivar o mercado de eletrificados e incentivar o mercado automotivo brasileiro, criando um mercado de consumidores desses veículos.
Apesar disso, apenas veículos híbridos leves são produzidos para CAOA Chery no país, e a Toyota faz a produção de dois veículos híbridos, sendo eles o Corolla e o Corolla Cross.
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O mercado sobre o retorno do imposto para carros híbridos e elétricos
Após a decisão do Ministério do Desenvolvimento, a Associação Brasileira de Veículos Elétricos divulgou uma nota lamentando a decisão governamental.
“As medidas anunciadas hoje são muito ruins para a eletromobilidade” – disse o presidente da ABVE, Ricardo Bastos. “Elas atendem principalmente ao lobby das associações que defendem os combustíveis fósseis, e não aos interesses dos consumidores e da sociedade brasileira, que apoiam um transporte moderno e não poluente”, afirmou em nota.
Segundo a associação, o medo do mercado é o setor que até então, está em constante crescimento, caia com as novas medidas “As vendas de veículos elétricos e híbridos leves no Brasil baterão um novo recorde em 2023, com cerca de 80 mil emplacamentos, mas não pode mais garantir que, com as novas medidas, manterão o mesmo ritmo de crescimento, a partir de 2024.” avaliou.