O Índice de Preços do Seguro Automóvel (IPSA) registrou uma queda no preço de seguro auto em relação ao mês anterior, e também ao ano anterior em 9,1%
O preço do seguro de automóveis volta a cair em julho, cerca de 3,2% em relação a junho, e 9,1% comparando com o mesmo período de 2022. Este é o terceiro mês consecutivo em que o índice apresenta um movimento de queda, algo que não ocorria desde abril de 2021.
Emir Zanatto, CEO da TEx, observa que esse resfriamento no mercado de seguros automotivos está diretamente associado às flutuações nos preços dos veículos, que têm experimentado declínios nos últimos meses. Fatores como a medida provisória do Governo Federal, que reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), e a diminuição nos preços dos veículos seminovos contribuíram para essa tendência. A redução da criminalidade, índices de roubos e furtos, e uma queda na demanda por veículos após anos de crescimento também estão contribuindo para a diminuição dos preços dos seguros automotivos.
As estatísticas de julho demonstram que o IPSA continuou sua trajetória de queda, atingindo 6,3% para o gênero masculino e 5,6% para o feminino. Embora essa disparidade tenha diminuído, ainda persiste uma diferença de 12,5% nos valores pagos por homens e mulheres.
Além disso, o estado civil também desempenha um papel importante na determinação do valor do seguro automóvel. No mês de julho, os homens solteiros pagaram, em média, 8,5% a mais pelo seguro auto, totalizando um valor 63,5% mais alto do que mulheres casadas, que pagaram 5,2%. Enquanto isso, homens casados pagaram, em média, 5,8%, representando uma economia de 14,7% em comparação às mulheres solteiras, que desembolsaram 6,8%.
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A localização geográfica do segurado também desempenha um papel fundamental na determinação dos preços dos seguros auto. A Região Metropolitana do Rio de Janeiro, por exemplo, pagou cerca de 7,2% do valor do seguro do carro, representando um aumento de aproximadamente 67,4% em relação à Região Metropolitana de Belém, que teve o índice mais baixo das regiões avaliadas, com 4,3%.
O IPSA também apresenta discrepâncias entre as capitais analisadas. A Zona Leste de São Paulo e a Zona Norte do Rio de Janeiro registraram 8,6%, sendo 87% mais caras do que a região central de São Paulo e a Zona Sul do Rio de Janeiro, ambas com 4,6%. Por outro lado, o Centro de Belo Horizonte apresentou a menor taxa entre as quatro cidades analisadas, com 3,6%..
No que diz respeito à análise de carros híbridos, elétricos e a combustão com até dois anos de idade, uma informação inusitada surgiu: o índice de carros a gasolina (4,6%) ultrapassou o dos veículos a diesel (4,5%) pela primeira vez. Enquanto isso, os veículos híbridos alcançaram 3,5% e os elétricos 3,1%. Esse fenômeno pode ser explicado pela manutenção mais simples e pelos menores riscos de roubo e furto associados aos veículos híbridos e elétricos.