Apesar do apoio ao Etanol, Stellantis traz projetos de eletrificação com híbridos para o mercado brasileiro
A Stellantis, empresa das marcas Citroën, Fiat, Jeep, Peugeot e Ram, revelou que está com o projeto de três tipos de motorizações de carros híbridos para o mecado brasileiro. A montadora tem o objetivo de ser responsável por 60% do setor nacional de veículos eletrificados até 2030. Além disso, o impulso veio da adequação das normas de emissões do Proconve L8, a partir de 2025. A Stellantis espera lançar esses veículos até 2024.
A Stellantis planeja oferecer um leque de opções para se adaptar ao cenário brasileiro, que ainda demanda infraestrutura para a eletrificação em larga escala. Assim, a empresa apresenta três tipos de híbridos que abrangem diferentes níveis de eletrificação.
O primeiro projeto é o “Bio-Hybrid”, uma tecnologia de híbrido-leve que utiliza um BSG (belt-starter generator), um pequeno gerador de 4 cv responsável por fornecer torque extra ao veículo em baixas rotações, como na partida do motor. Além disso, quando o carro está em velocidade de cruzeiro e o sistema start-stop desliga o motor para economizar combustível, o BSG mantém o veículo em movimento, reduzindo as emissões.
O segundo tipo é o “Bio-Hybrid e-DCT”, um híbrido convencional que recebe um motor elétrico de 22 cv (16 kW), capaz de movimentar o veículo, e uma bateria de 1 kWh. Nesse sistema, o motor elétrico não atua diretamente nas rodas, ficando integrado à transmissão de dupla embreagem.
Já para os veículos topo de linha, a Stellantis deverá trazer a opção “Bio-Hybrid Plug-in”, que é um híbrido mais robusto, equipado com um motor de 60 cv (44 kW) e baterias de 12 kWh, que podem ser carregadas por uma tomada. Esse sistema é semelhante ao que já é utilizado pela Stellantis em modelos como o Compass 4xe.
Segundo a Stellantis, embora o grupo apoie o etanol e suas tecnologias híbridas, a empresa também está ciente de que o futuro da indústria automobilística é a eletrificação. Nesse sentido, a fabricante pretende investir na produção de veículos elétricos no Brasil em algum momento, mas ainda não há uma previsão concreta para o início da fabricação local.