Do típico cupê esportivo nipônico ao Toyota com alma de BMW: confira a trajetória do Supra.
Quem era fã da série de jogos de corrida Gran Turismo certamente vai se lembrar do Toyota Supra de 4ª geração. Modelo que, nos anos 1990, era um dos carros japoneses mais potentes em produção.
Pois a história do Toyota Supra começa bem antes disso, em 1979. Conhecido no Japão como Celica XX e no restante do mundo como Celica Supra, o cupê esportivo surgiu basicamente como uma variação com motores de seis cilindros do modelo Celica. O mais potente deles era um bloco 2.6, que desenvolvia 140 cv.
O Supra também nasceu grande, com 4,61 m de comprimento, 1,65 m de largura, 1,29 m de altura e 2,63 m de entre-eixos, pesando em torno de 1.270 kg.
A segunda geração, conhecida como A60, foi lançada em 1981. Embora ainda parte da família Celica, trazia uma carroceria completamente nova e com frente em forma de cunha e com faróis escamoteáveis. No típico estilo dos esportivos dos anos 1980.
E ficava ainda maior. Apesar do entre-eixos de 2,61 m, trazia uma carroceria com 4,66 m de comprimento. Nessa geração, o motor mais potente era um 2.8 de seis cilindros em linha, que desenvolvia 180 cv em sua calibração para o mercado europeu.
O 1º Toyota Supra
A 3ª geração do Toyota Supra estreou em 1986. Conhecida pelo código A70, pela primeira vez rompia os laços com o Celica, se tornando um cupê independente.
Isso aconteceu por conta da decisão da Toyota de passar o Celica para uma plataforma com tração dianteira, enquanto o Supra iria manter a tração nas rodas traseiras.
Nesse aspecto, o Supra teve o entre-eixos encurtado para 2,59 m e o comprimento ficou em 4,62 m. Apesar do tamanho mais compacto, se destacava por ter boa parte da sua gama de motores acima da marca dos 200 cv, sendo o mais potente deles o 2.5 de 280 cv usado já no fim do ciclo desta geração.
O Supra de 4ª geração
Em 1993, a terceira geração do modelo saiu de cena para a entrada da geração A80. Toda nova e com uma carroceria de linhas arredondadas, tinha como opção mais potente o motor Toyota 2JZ 3.0 turbo, capaz de atingir até 330 cv.
O Toyota Supra A80 foi encurtado para 4,51 m de comprimento e tinha apenas 2,55 m de entre-eixos. Porém, a largura cresceu e passou para 1,81 m.
As mudanças nas regras de emissões levaram ao fim das vendas do modelo no mercado americano em 1998. Em 2002, foi a vez de a Toyota encerrar definitivamente a produção desse Supra.
O Supra da BMW
Depois de um hiato de quase duas décadas, a Toyota revelou em 2019 uma nova geração do Supra. O novo modelo foi desenvolvido em parceria com a BMW e compartilhava o projeto básico com o Z4 da marca alemã.
Ambos os modelos são produzidos na Áustria pela Magna Steyr e compartilham os mesmos motores de quatro e seis cilindros, também desenvolvidos pela BMW.
Com 4,38 m de comprimento e entre-eixos de 2,47 m, o cupê esportivo tem como versão mais potente a GR Supra A91 Edition, que traz um motor 3.0 de seis cilindros e 387 cv.