Antes uma raridade, o carro turbo de fábrica passou a fazer parte do cotidiano das ruas brasileiras. Conheça algumas opções
Você provavelmente já ouviu falar em downsizing, correto? Caso não esteja por dentro do que se trata, esta prática é adotada há alguns anos pela indústria automobilística e consiste em produzir motores de baixa cilindrada tão potentes quanto os motores dois litros ou mais do passado.
Para isso, a prática mais comum é a de adotar o turbocompressor. Diferente do passado, onde o componente era utilizado apenas para conferir mais potência, a tecnologia atual permite a produção de propulsores fortes e ao mesmo tempo econômicos.
O conceito já existe há certo tempo, mas aqui no Brasil é relativamente recente. O primeiro carro de produção nacional a adotar essa tendência tecnológica foi o Volkswagen up!, compacto que em 2015 ganhou a opção de um motor 1.0 turbo de três cilindros e 105 cv.
Atualmente, boa parte dos carros compactos brasileiros possuem pelo menos uma versão equipada com esses pequenos motores turbo de boa potência e economia.
Como funciona o turbo
O turbocompressor é um componente que utiliza os gases de escape para mover o rotor de um compressor, que por sua vez força a aspiração do ar atmosférico para dentro do motor, resultando em um ganho de potência.
Por conta desse sistema, um carro turbo original de fábrica consegue desenvolver um rendimento superior ao de um propulsor semelhante, porém de aspiração natural.
Além da potência, esses carros turbo de fábrica possuem níveis menores de emissão de poluentes. A mecânica não se diferencia muito dos motores aspirados e o gasto com combustível é equivalente (ou até inferior) no uso diário.
Sobre o consumo, vale ressaltar que o gasto com combustível vai subir se o motorista acelerar mais do que se estivesse em carro aspirado.
Cinco opções de carro turbo de fábrica
Vejamos agora cinco modelos turbinados que podem ser adquiridos aqui no Brasil:
Chevrolet Onix
A Chevrolet aproveitou o lançamento da segunda geração do modelo, em 2019, para trocar a linha de veteranos motores 1.4 e 1.0 aspirados de quatro cilindros por novos 1.0 de três cilindros.
A partir da configuração AT Turbo (R$ 68.390), é possível levar para casa o carro com o propulsor 1.0 turbinado, que desenvolve 116 cv e até 16,8 kgfm de torque.
Embora nesta versão o “mil turbo” seja combinado a um câmbio automático de seis marchas, a linha oferece ainda a opção do câmbio manual de seis marchas.
Para quem busca um Onix Turbo mais completo, a opção de topo é a Premier 2 (R$ 93.190). De série, a versão traz bancos revestidos em couro, assistente de estacionamento automático, ar-condicionado digital e rodas de liga leve de 16″.
Hyundai HB20
Por falar em carros que são sucesso de público no mercado brasileiro, o Hyundai HB20 – modelo que atualmente encabeça o ranking de emplacamentos – também conta com a sua variação turbo.
O motor é o 1.0 Kappa de três cilindros. Nesta segunda geração, incorporou também o sistema de injeção direta de combustível para desenvolver 120 cv de potência e torque de 17,5 kgfm.
O propulsor está disponivel a partir da versão Evolution (R$ 83.890), sempre combinada ao câmbio automático de seis marchas, que traz de série controle eletrônico de tração e estabilidade, airbags laterais e assistente de partida em rampa.
O modelo traz ainda controle automático de velocidade de cruzeiro, direção elétrica, sensor de estacionamento e faróis com acendimento automático.
Jeep Compass
Revelado em abril, o Jeep Compass reestilizado trouxe como uma das principais novidades a adoção de um motor 1.3 GSE turbo de quatro cilindros.
Esse motor passou a ser oferecido no SUV no lugar do 2.0 aspirado Tigershark, que equipava o modelo desde o início da produção no Brasil, em 2016.
Em um bom exemplo dos efeitos do downsizing, o novo propulsor turbo flex desenvolve 180/185 cv (gasolina/etanol), além do torque de 27,5 kgfm. Um avanço em relação ao motor aspirado, que mesmo com o deslocamento maior despejava 159/166 cv (gasolina/etanol) e 19,9/20,5 kgfm de torque.
A versão de entrada com este motor é a Sport T270. Com preço inicial de R$ 146.990, traz de série ar-condicionado automático de duas zonas, sistema multimídia com tela de 8,4″, faróis de LED, sensor de chuva e airbags laterais e de cortina.
Volkswagen T-Cross
Lançado em 2019, o Volkswagen T-Cross foi o primeiro SUV compacto de produção brasileira a contar apenas com motores turbo.
As configurações Sense 200 TSI, 200 TSI e Confortline 200 TSI trazem um motor 1.0 turbo de três cilindros e 116/128 cv (gasolina/etanol). Já a topo de linha Highline 250 TSI conta com o propulsor 1.4 turbo de quatro cilindros e 150 cv. Nas duas motorizações, o câmbio é o automático de seis marchas.
Com preços a partir de R$ 93.390, a versão de entrada Sense 200 TSI traz de série seis airbags, controle eletrônico de tração e estabilidade , além do assistente de partida em aclive.
Fiat Toro
Por último, mas não menos importante, temos a única picape turbo flex do mercado brasileiro. Queridinha do brasileiro, a Fiat Toro ganhou na reestilização de maio o mesmo motor 1.3 turbo de 180/185 cv do Jeep Compass.
O propulsor está disponível a partir da versão Endurance Turbo 270. Com preço inicial de R$ 125.990, oferece airbags laterais e de cortina, controles eletrônicos de tração e estabilidade, central multimídia de 7″ e controlador automático de velocidade de cruzeiro.
O motor veio ocupar o espaço deixado pelo fim da oferta do motor 2.4 flex aspirado no modelo. Além do turbo flex, a picape Toro segue disponível com o propulsor 2.0 turbodiesel de 170 cv.
