Salto tecnológico dos carros nas últimas décadas atingiu também a chave do carro; confira a trajetória deste item ao longo da história.
A chave tem uma história bem interessante e sofreu muitas evoluções com o passar do tempo. De uma simples instrumento para dar partida, evoluiu até se tornar um item com visual sofisticado. Ou que até pode ser dispensado para usar o veículo.
No começo do século XX, para dirigir era necessário apenas acionar o motor do veículo via manivela. O carro ficava totalmente desprotegido caso alguém que não fosse seu proprietário quisesse levá-lo embora.
Isso passou a mudar a partir dos anos 1910. Foi quando nasceu a primeira chave que bloqueava o circuito elétrico da ignição, que veio acompanhado da adoção da partida elétrica nos veículos.
Até os anos 1960, ainda era comum que o carro tivesse mais de uma chave, já que aquela usada para a partida era diferente da empregada para destravar as portas.
Foi a partir desta época que os carros começaram a sair de fábrica com uma única chave que era capaz de destravar as portas, dar a partida e liberar o acesso ao tanque de combustível.
A evolução seguinte na chave do carro viria nos anos 1990, quando a chave passou a contar com o sistema de telecomando para destravamento das portas e surgiram os primeiros sistemas de chave presencial.
Tipos de chaves mais populares
A chave comum inicialmente era muito parecida com aquelas usadas nas casas. Mas ganhou tecnologia para incorporar desenhos mais seguros, ao mesmo tempo em que passou a contar com um sistema de codificação para tornar mais difícil o roubo do veículo.
Já a chave canivete é uma evolução das primeiras chaves com sistema de telecomando. Além de incorporar os botões para destravamento das portas, traz a lâmina metálica dobrável para torná-la mais compacta.
A chave canivete ser combinada com a tecnologia de chave presencial. Esta última dispensa a necessidade de tirar a chave do bolso para abrir e fechar o veículo e/ou dar a partida no motor. Usa radiofrequência para ser reconhecida pelo veículo.
Chave e status
No princípio, as chaves eram simplesmente chaves. Mas aos poucos começaram a ganhar sofisticação e serem, elas mesmas, símbolos de sofisticação.
Nos anos 1950, por exemplo, a Mercedes-Benz criou uma chave em ouro maciço para o 300 SL encomendado pela rainha Soraya do Irã.
Atualmente, os fabricantes apostam na criatividade para criar peças de design diferenciados mesmo em modelos mais acessíveis.
E a personalização de chaves é um mercado ativo até os dias de hoje. A empresa alemã Noblekey, por exemplo, estiliza chaves em ouro e pedras preciosas para interessados no mundo inteiro.
A chave do carro no mundo moderno
Em seu estágio de desenvolvimento mais atual, a chave do carro evoluiu até um ponto em que passou a ser opcional o seu uso, com outros objetos assumindo essa função.
O SUV Hyundai Creta do mercado automotivo brasileiro, por exemplo, traz a Key Band. Um smartwatch que permite deixar a chave do carro em casa. Já outros fabricantes optaram por fazer com que o smartphone assumisse essa função.
É o caso da Display Key da BMW. Ela funciona por meio de um aplicativo e permite o compartilhamento da chave digital com até cinco usuários. É possível ainda limitar pontos como o volume máximo do som e até a velocidade máxima do automóvel.
Marca de luxo da Hyundai, a Genesis revelou como grande novidade do seu novo carro elétrico GV60 uma tecnologia que usa o reconhecimento facial para destravar as portas e um leitor de impressão digital para dar partida no veículo.