Saiba tudo sobre a história do motor GM Família II e porque ele se tornou um dos mais conhecidos na indústria automotiva brasileira.
Popularmente conhecido como o “motor do Monza”, o então GM Família II foi, sem dúvidas, um propulsores de mais sucesso da engenharia automotiva que fez história no Brasil.
Afinal, ao todo, foram mais de três décadas em diversos modelos da GM no país. E se tornou uma referência de qualidade, economia e, principalmente, potência para esses veículos.
E se você, assim como nós, também é um apaixonado por carros dessa “Era de ouro” da indústria nacional, puxa uma cadeira aí e venha conhecer com mais detalhes toda a trajetória do motor. Vamos lá?!
Os primeiros modelos com o motor GM Família II
Os anos 80 ficaram marcados pelo lançamento de alguns modelos que até hoje são vistos pelos fãs como carros potentes, modernos e confortáveis.
E nesses quesitos, a General Motors não decepcionou seus consumidores. Em 1982 a gigante americana anunciava o lançamento do Chevrolet Monza. Um projeto mundial que no Brasil seguia as linhas do alemão Opel Ascona.
Sob o capô, o modelo trazia uma novidade: a primeira — e mais simples — versão do Motor GM Família II. Tratava-se de um 1.6 com carburador de corpo simples e potência de 75cv com gasolina e de 72cv na variação a etanol.
Poucos meses depois, a GM anunciou a variação 1.8 do Monza, que chegava a 86cv. Em 1986, seria a vez de o propulsor crescer mais uma vez, com o lançamento de um a variação 2.0.
Ao longo dos próximos anos, o motor GM Família II acompanhou toda a evolução do Monza e chegaria também a outros modelos históricos da montadora, conforme veremos com mais detalhes nos próximos tópicos.
Em 1990, o Monza Classic SE 500EF foi o primeiro carro brasileiro da Chevrolet a contar com o sistema de injeção eletrônica. Multiponto, permitia ao motor 2.0 8V desenvolver 116 cv.
Outros modelos também herdam o “motor do Monza”
Já no finalzinho dos anos 80 e início de 90, o hatch médio Kadett surge no mercado automotivo brasileiro. Ao longo da década, o modelo ganhou diversos variações que marcaram sua história de sucesso, tais como o esportivo GSi conversível e a station wagon Ipanema.
Todas essas variações do Kadett tinham em comum o motor GM Família II, consolidado como o propulsor da montadora para os próximos lançamentos.
E assim foi! Em outubro de 1992, o confortável e potente Chevrolet Omega “deu suas caras” nas concessionárias brasileiras com o mesmo motor, agora gerando 116 cv com a injeção multiponto.
No ano seguinte o Vectra também chegaria nas ruas com o mesmo Família II. Já em 1995, seria a vez de o mesmo propulsor chegar na picape Chevrolet S10.
Quais foram as variações do motor GM Família II ao longo do tempo?
O motor GM Família II vivenciou uma série de evoluções e adaptações, conforme os lançamentos e necessidades da montadora. Isso desde o seu lançamento até o último modelo.
Ainda no início da década de 90, mais especificamente no ano de 1993, o sedã Vectra, em sua versão esportiva GSi, estreava uma variação de 16V do GM Família II.
Conhecido pelo código C20XE, era um 2.0 a gasolina que desenvolvia 150 cv e trazia características como válvulas refrigeradas a sódio e pistões forjados.
Importado da Alemanha, o Família II multiválvulas só viraria nacional a partir do lançamento da 2ª geração do Vectra. Com modificações e agora conhecido como X20XEV, desenvolvia 141 cv.
Em variações de 8V e 16V, o propulsor seria empregado ainda nos modelos Astra, Zarfira e no Vectra brasileiro de 3ª geração.
Mas qual foi o segredo da longevidade do GM Família II?
Entre variações e adaptações ao longo dos anos, indiscutivelmente, o Motor GM Família II foi um verdadeiro sucesso. Talvez, e não ousado dizer, a principal referência de qualidade de toda a história da General Motors no país.
O motivo para tal hegemonia certamente é combinação de bom desempenho (principalmente em baixas rotações nas versões 8V), pouco custo de manutenção e simplicidade mecânica.
O fim de uma era e início de uma história
Os anos 2000 também deixaram saudades entre os fãs da GM do Brasil. Foi nesta década que a Chevrolet produziu os seus últimos carros baseados nos modelos da alemã Opel, então parte da GM e hoje integrante da Stellantis. E o que eles tinham em comum? O motor GM Família II.
O propulsor foi produzido no Brasil em variações de 8V (1.6, 1.8, 2.0, 2.2 e 2.4) e 16V (2.0, 2.2 e 2.4), agregando novas tecnologias ao longo do tempo.
Nos carros, o último com o longevo propulsor foi o Zafira, que saiu de cena em 2012 e era equipado com o bloco 2.0 8V flex de 140 cv. Mas a picape S10 seguiu com um Famílía II 2.4 8V de 147 cv até a linha 2016.
Em resumo, esse é um pequeno panorama sobre a trajetória do Motor GM Família II, um dos mais longevos da história da indústria automotiva no Brasil e, sem dúvidas, um dos principais cases de sucesso que nos enchem de orgulho e de saudades também.