Os SCe estão em praticamente todos os produtos atuais da Renault no Brasil; conheça a história desse motor.
Nas versões 1.0 e 1.6, o motor Renault SCe equipa atualmente os modelos Kwid, Sandero, Logan, Oroch e Duster e estão entre os mais atuais da linha internacional de propulsores da marca francesa.
Conhecido na Renault também como motor “H” e na Nissan como “HR”, foi desenvolvido em conjunto pelas duas empresas. Chegou inicialmente apenas aos produtos da marca japonesa, em 2002. O primeiro carro dos franceses com o novo motor foi o Mégane de 3ª geração, de 2008.
O novo propulsor surgiu para substituir os blocos Renault das linhas D e K. Ambos projetos dos anos 1990 e que também eram empregados nos carros brasileiros da marca francesa desde a inauguração da fábrica de São José dos Pinhais (PR), em 1998.
No mercado automotivo brasileiro, o motor Renault SCe chegou no fim de 2016. Com produção local na fábrica paranaense, estreou nas variações 1.0 12V de três cilindros e 1.6 16V de quatro cilindros.
Ambas flex, compartilham características com o bloco de alumínio e o duplo comando de válvulas (com ou sem variador de fase na admissão), corrente de comando no lugar da correia dentada e o sistema ESM (Energy Smart Management), que controla a carga de bateria e resulta em redução de consumo.
Motor 1.0 SCe
No Brasil, o motor 1.0 SCe está presente nos modelos Kwid, Sandero e Logan. O que equipa o subcompacto é uma versão mais simples, sem variador de fase, que desenvolve 66/70 cv de potência (gasolina/etanol) e 9,4/9,8 kgfm de torque a 4.250 rpm.
Já no Sandero e no Logan, o mesmo motor Renault SCe despeja 79/82 cv (gasolina/etanol) de potência e torque de 10,2/10,5 kgfm a 3.500 rpm.
De acordo com a Renault, o motor 1.0 SCe consome em média 19% menos combustível do que o antigo motor “D” 1.0 16V de quatro cilindros.
Motor 1.6 SCe
O motor 1.6 16V da linha SCe chegou para substituir os antigos 1.6 de 8V e 16V da linha “K”. Compartilhando as mesmas características básicas com o motor menor, desenvolve 115/118 cv (gasolina/etanol) de potência e 16 kgfm de torque a 4.000 rpm.
Atualmente equipa os modelos Duster, Duster Oroch e Logan. Até a linha 2021 estava presente também nas versões normais do Sandero. Mas hoje só está sob o capô do aventureiro Stepway.
Com rendimento 21% superior ao do antecessor, se beneficia também do sistema start-stop (Logan e Sandero), que desliga o motor automaticamente em paradas prolongadas.
Motor turbo TCe
Variações turbo do motor Renault SCe existem no mercado internacional desde os primórdios. Com o nome TCe, conta com variações 0.9, 1.0, 1.2, 1.3 e 1.4 e com tecnologias como a injeção direta de combustível.
A variação mais recente desses SCe turbo atende pelo nome de H5H. Desenvolvida em parceria com a Mercedes-Benz, por meio do acordo de cooperação tecnológica entre a Daimler e a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, é um 1.3 turbo com injeção direta, que é utilizado também em modelos da marca alemã como os Classe A e CLA.
No Brasil, o único produto produzido com o novo propulsor é o SUV Renault Captur. Em uma versão flex, o motor desenvolve 162/170 cv (gasolina/etanol) e 27,5 kgfm de torque a 1.600 rpm.