Você acha que carro híbrido é uma novidade? E dar partida no carro com botão? Confira sete tecnologias automotivas antigas em carros atuais.
Apesar de muitas criações revolucionarem todos os dias o mercado automotivo, muitas invenções não são tão recentes quanto imaginamos. Alguns modelos são vendidos com tecnologias automotivas avançadas e contemporâneas, mas se formos investigar mais a fundo, veremos que já havia carros com elas há dezenas de anos atrás.
Listamos sete tecnologias antigas nos carros atuais que você não poderia imaginar:
Transmissão automática
O câmbio manual está cada dia mais dando lugar para a transmissão automática, isso porque essa traz uma comodidade muito maior para o condutor, além de outros benefícios.
Porém, apesar dessa cultura de carro automático estar se popularizando de uns anos pra cá no Brasil, a transmissão automática foi inventada em 1904, mas somente em 1930 se tornou mecanicamente viável para veículos. Ou seja, é uma das tecnologias automotivas antigas nos carros atuais.
Quem tornou possível o uso da transmissão automática em automóveis foram dois brasileiros, Fernando Iehly de Lemos e José Braz Araripe, que aprimoraram o sistema e concederam a tecnologia à General Motors em 1932.
Carros híbridos
A gama automotiva de basicamente todas as grandes montadoras estão caminhando para um mesmo caminho: a comercialização de veículos híbridos ou elétricos. Porém, esse tipo de veículo não é uma novidade, pois também é uma das tecnologias automotivas antigas nos carros atuais.
Há exatamente 120 anos atrás foi apresentado no Salão de Paris de 1901 o “Semper Vivus” de Ferdinand Porsche em parceria com a empresa austríaca Lohner.
O veículo híbrido possuía dois propulsores elétricos, cada um embutido em uma roda dianteira. Os motores eram acionados por baterias recarregadas por dois pequenos motores de um cilindro.
A ideia, que muitos anos depois seria adotada pela Toyota, foi sem dúvida foi uma revolução no segmento automotivo.
Botão de partida
A maioria dos veículos em circulação no Brasil precisam da chave no contato para ligar o motor, e são apenas os modelos mais novos que oferecem o botão para dar partida, em um sistema chamado de start-stop engine. Essa tecnologia pode parecer nova, mas é uma das tecnologias automotivas antigas nos carros atuais e foi criada pela Cadillac em 1912.
Quando implementada no começo do século XX, o botão de partida tinha como principal objetivo a segurança do condutor antes de sair dirigindo por aí.
Naquela época, a partida do motor era feita por meio da manivela. Essa operação, além de braçal, era perigosa, já que o propulsor produzia um solavanco no sentido contrário, podendo fazer com que a manivela quebrasse obraço ou até mesmo fraturasse o crânio de quem estava girando-a.
Veículos elétricos
Antes mesmo da virada do século passado, já era possível encontrar veículos elétricos transitando pelas ruas. Em Londres, os primeiros táxis elétricos começaram a operar em 1897 e eram 75 unidades circulando por lá.
Esses automóveis eram chamados de Beija-flor por conta do barulho característico de seus motores. Essa modalidade de transporte se tornou tão comum na época, que em 1899, em Nova York, 90% dos táxis eram elétricos.
Além de caros, os carros elétricos daquela época tinham baixa autonomia, por isso eram usados em transporte de pessoas, como é o caso dos táxis. Veículos com motores elétricos também eram preferidos entre mulheres ricas, já que não precisavam da força braçal para girar a manivela como os a combustão.
Biocombustíveis e motor flex
A história de motores que utilizam tanto a gasolina quanto o álcool não é recente, já que em 1925, Henry Ford dizia que o álcool era o combustível do futuro.
Em 1908, o criador da multinacional Ford tinha feito um ajuste no distribuidor do Modelo T que permitia a queima de uma mistura com álcool de milho (ou até puro), que era um produto barato e acessível no interior dos EUA, além da queima da gasolina.
Magic Body Control
A tecnologia, que foi apresentada no novo Mercedes-Maybach S600, é um sistema de câmera montado no para-brisa, atrás do espelho retrovisor, para fazer a varredura da estrada. Na sequência, ela ajusta automaticamente os amortecedores do sedã, para suavizar o solavanco de um buraco, por exemplo.
Apesar de encher os olhos de quem gosta de novas tecnologias, a fabricante japonesa Nissan já tentou um conceito semelhante em 1988 em seu sedã Maxima, usando sensores de sonar montados sob o carro. Mas a tecnologia simplesmente ainda não estava pronta para entrar em produção naquele momento.
Luz auxiliar em curvas
Existem atualmente dois sistemas que iluminam as curvas para onde o condutor do veículo deseja ir. O mais simples, conhecido como “cornering light”, acende só um dos faróis de neblina quando o motorista rotaciona o volante ou liga o pisca-pisca. Essa tecnologia equipa, por exemplo, o Renault Captur 2022, e não é muito comum em veículos brasileiros.
Porém, em 1962 a Cadillac já apresentava essa tecnologia a sua disposição. Naquela época, de forma mecânica, havia uma lâmpada nos para-lamas dianteiros que era ligada assim que o motorista acionava a alavanca do pisca.
O outro sistema para iluminar curvas é chamado de faróis direcionais ou adaptativos. Mais complexo que o primeiro, essa tecnologia faz com que o conjunto óptico se movimente para se adaptar à curva, além de baixar o facho de luz para não ofuscar o motorista no sentido contrário.
Algo semelhante a esse sistema já existia no Tucker Torpedo, em 1948, já que o modelo tinha um terceiro farol em seu meio, que era conectado à coluna de direção: bastava o motorista girar o volante para a luz central apontar para a respectiva curva.