A autonomia de um carro diz o quanto ele pode rodar antes de precisar reabastecer. Isso pode significar, diretamente, o quanto você pode economizar comprando um ou outro veículo.
A decisão de compra de um automóvel não passa apenas por itens como desempenho ou design. O consumo de combustível também é importante, especialmente para quem costuma dirigir bastante.
Afinal de contas, um veículo econômico pode ser um importante parceiro do seu bolso. Quem depende do carro para trabalhar sabe bem disso: é só pensar quantas vezes um motorista de táxi precisa encher o tanque a cada semana.
Em tempos em que o preço do combustível está subindo toda semana, com etanol acima de R$ 4 e gasolina passando dos R$ 5 o litro (ou até mais em algumas regiões do Brasil), manter distância do posto de combustível é bem-vindo.
É por isso que descobrir a autonomia do seu carro não ajuda apenas a matar uma simples curiosidade. Este número é fundamental para que você saiba quantos quilômetros consegue rodar com um tanque de combustível, e quando será preciso reabastecer seu carro para não ficar a pé.
Até porque é bom lembrar que pane seca (quando o veículo para por falta de combustível) é uma infração na legislação veicular considerada média pelo Código de Trânsito Brasileiro. Quem fica sem combustível no tanque está sujeito a levar quatro pontos na CNH, além de pagar uma multa de R$ 130,16.
Autonomia do carro muda de acordo com condução

Descobrir a autonomia do seu veículo é uma tarefa mais simples nos carros equipados com computador de bordo.
Ela é calculada pela injeção eletrônica com base tanto no estilo de condução do carro quanto no uso de componentes que podem demandar maior consumo de combustível. Assim, se você roda o tempo todo com o ar-condicionado ligado ou costuma acelerar mais do que o normal, a autonomia é recalculada automaticamente.
A média é reajustada de duas maneiras. A mais comum delas ocorre quando o valor indicado no painel aumenta quando você passa a guiar de uma maneira mais econômica. Por isso, entenda-se: trocar as marchas corretamente na faixa de rotação ideal do motor, abusar pouco do acelerador, antecipar frenagens e desligar o ar-condicionado, apenas para citar alguns exemplos.
Entretanto, outros modelos não revisam a autonomia do carro para cima. Aí, o computador de bordo apenas “congela” o valor até que o veículo atinja o valor indicado no painel.
Alguns modelos vendidos no país contam com ferramentas que ajudam o motorista a guiar de forma mais econômica. Uma delas é o indicador de troca de marcha, que sugere a hora certa de aumentar ou reduzir uma marcha para poupar combustível.
Outros carros trazem uma função no sistema de entretenimento que classifica a condução em pontos, levando em consideração fatores como aceleração, antecipação à frenagem e trocas de marcha.
Mas, voltando a falar da autonomia, a central eletrônica do veículo sempre informa um número acima do real, como forma de estabelecer uma “margem de segurança” para o motorista. Seu funcionamento é semelhante ao do velocímetro, que costuma exibir um número ligeiramente abaixo da realidade.
Isso não significa que você deve abusar da sorte: o ideal é nunca ir além do que o computador de bordo indica no painel de instrumentos. Ou melhor ainda: procure um posto de combustível assim que a luz de reserva se acender.
Como descubro a autonomia do meu carro?
Calcular a autonomia do seu carro é fácil mesmo se ele não possuir computador de bordo.
Basta encher o tanque e zerar o hodômetro parcial assim que der a partida. Caso seu carro não tenha hodômetro parcial, é só anotar o número exato do hodômetro total.
Depois de rodar a distância desejada, tudo que você precisa fazer é completar o tanque pela segunda vez (novamente, até o desarme da bomba) e dividir a quantidade abastecida de litros pela quilometragem apontada no painel de instrumentos.
Para calcular a média com maior precisão, recomenda-se que a operação seja realizada no mesmo posto.
Se você ainda tiver dúvida, a dica é fazer este procedimento três vezes. A última etapa é somar os três resultados e dividir por três. Não entendeu? Então siga o exemplo: se as médias obtidas foram de 12, 13 e 14, a soma será de 40. Assim, a média de consumo é de 13,3 km/l.
Padrões de autonomia variam pelo mundo
O resultado será a média do veículo em quilômetros por litro – a medida adotada como padrão pela indústria automotiva nacional. Um exemplo simples: se o carro tiver capacidade do tanque de 40 litros e rodar 400 quilômetros sem necessidade de reabastecer, sua média de consumo será de 10 km/l.
Importante ressaltar que alguns veículos fabricados fora do Brasil trazem indicadores em litros por 100 quilômetros rodados, como em alguns países da Europa. Neste caso, o motorista precisa fazer uma conta rápida para obter a média correta: dividir a distância percorrida pela quantidade de combustível gasto. Por exemplo: um automóvel que faz 8 l/100 km tem uma média de 12,5 km/l (100 km/8 l = 12,5 km/l)
Outro padrão comumente utilizado nos Estados Unidos é o das milhas por galão. Seja qual for a média informada em seu veículo, vale prestar atenção antes de consultar a autonomia do seu carro. Afinal, este número que parece simples para muita gente pode fazer com que você economize um dinheiro valioso no fim de cada mês.