Chamada popularmente de placa preta, chapa pode ser usada por automóveis de coleção produzidos há mais de 30 anos.
Desde 1998, a legislação brasileira prevê que carros antigos e que conservem as suas características originais estão aptos para receber uma placa especial de veículo histórico.

Inicialmente, ela tinha com fundo preto e letras na cor branca. O que rendeu o apelido de placa preta para a chapa especial. Mas a partir da adoção da placa padrão Mercosul em todo o Brasil, no início de 2020, os carros de coleção passaram a ser identificados apenas pelos caracteres em cinza (embora isso já tenha data para mudar; leia mais abaixo).
Além de ter sido produzido há mais de 30 anos, os requisitos para que o automóvel seja apto a receber uma placa de veículo histórico são a aprovação em uma uma vistoria feita por um clube reconhecido pelo Denatran e fazer parte de uma coleção. Confira a seguir uma relação de carros que se tornam aptos para a identificação especial ao longo de 2022.
Chevrolet Omega

O Chevrolet Omega chegou ao Brasil em agosto de 1992, com a dura missão de substituir o veterano (e amado) Opala.
Apesar dos seis anos de atraso no lançamento em relação ao europeu Opel Omega, o modelo chamava atenção pela sua modernidade, sendo considerado por muitos um dos melhores carros já produzidos pela General Motors no mercado automotivo brasileiro.
Em sua estreia, era oferecido nas versões GLS (com um motor 2.0 de 116 cv) e na luxuosa CD, com um 3.0 alemão de seis cilindros em linha e 165 cv. Seguiu em produção no Brasil até 1998.
Chevrolet Kadett GSi conversível

O esportivo Kadett GSi já era um dos modelos mais desejados do mercado automotivo brasileiro no início dos anos 1990.
Mas em 1992, a marca resolveu lançar por aqui uma versão ainda mais sofisticada, que combinava o motor 2.0 injetado de 121 cv do modelo fechado com uma carroceria conversível.
O processo de produção do modelo era complexo: a estrutura do Kadett era exportada para a Itália, onde a Bertone montava as carrocerias e as enviava para finalização no Brasil. A produção foi encerrada em 1995.
Fiat Tempra 2ª portas

O Fiat Tempra foi o 1º sedã médio da marca italiana no Brasil. O modelo repetia o visual do carro lançado em 1990 na Europa. Mas usava a plataforma do antigo Fiat Regata, produzido na época na Argentina.
Em seu lançamento, em 1991, era oferecido em duas versões: a topo de linha Ouro e uma básica, conhecida de maneira informal como Prata. Ambas equipadas com um motor 2.0 8V de 99 cv, carburado e equipado com duplo comando de válvulas.
Inicialmente apenas com 4 portas, seguiu uma tendência do mercado local na época e ganhou, em 1992, uma variação de 2 portas exclusiva para o Brasil. Essa mesma carroceria seria usada posteriormente no modelo Tempra Turbo.
Ford Royale

Seguindo o que havia feito com o lançamento do Versailles, que era basicamente uma versão do Volkswagen Santana para a Ford, a marca do oval lançou em 1992 a perua Royale.
Substituta da Belina, era a variação para a Ford da station wagon Volkswagen Quantum. Mas com uma carroceria modificada para ter apenas as portas dianteiras.
A versão topo de linha era a Ghia, equipada com o mesmo motor AP 2.0 injetado da Quantum. Mas a linha contava ainda no lançamento com uma versão de entrada GL, equipada com um 1.8 carburado. Saiu de linha em 1996. Com a opção de carroceria de 4 portas…
Volkswagen Apollo

Em 1992, foi lançada no Brasil a última geração do Escort XR3 brasileiro. Além de uma carroceria e plataforma novas, se destacava pelo uso do motor AP 2.0 de 116 cv. O mesmo do Volkswagen Gol GTI.
Além de manter o visual diferenciado das gerações anteriores, o XR3 se destacava pela farta lista de equipamentos para a época. Podia ser equipado com sistema de som com equalizador digital, bancos Recaro, ar-condicionado e teto solar.
Foi descontinuado em 1995, com a transferência da produção do Escort para a Argentina.
A nova placa preta de 2022
Como dito mais acima, a adoção da placa Mercosul acabou representando também o fim da tradicional placa preta brasileira. Pois depois de muita reclamação por parte dos antigomobilistas, o Contran decidiu, na resolução nº 887 de 13 de dezembro de 2021, oferecer novamente a opção da placa de fundo preto e caracteres brancos para os carros históricos.
Por ser bem diferente do padrão adotado em outros países do Mercosul, os carros com a nova placa preta poderão circular apenas em território nacional. O atual padrão ira seguir disponível para emplacamento.
Apesar de publicada em dezembro passado, a emissão das novas placas irá começar apenas a partir de 1º de junho, quando entra em vigor a resolução.