Entenda a obrigatoriedade da etiqueta do pneu, o que ela significa, como usá-la para escolher o melhor pneu e muito mais!
Na hora de escolher um pneu novo para o seu carro, certamente você já percebeu que existe uma etiqueta do pneu indicando algumas informações e uma escala de letras coloridas, que vão de A a G, correto? Essas informações são importantíssimas para você proceder com a manutenção do carro.
Pois bem, apesar de muitos compradores — e até mesmo profissionais — não se atentarem a esse detalhe, tal etiqueta é obrigatória e detém dados e especificidades daquele pneu, que foram fundamentais para a sua aprovação de qualidade e segurança.
E se você já notou isso, mas não faz ideia de como ler a etiqueta do pneu ou quer entender melhor como funciona essa escala, a gente trouxe dicas e informações úteis sobre o tema neste post. Por isso, sem grandes delongas, bora direto ao ponto. Boa leitura!
Afinal, o que é a etiqueta do pneu?

A etiqueta do pneu é uma regra brasileira que todo fabricante é obrigado a cumprir, fornecendo em seus produtos. Ela tem o objetivo de transparecer informações básicas de desempenho, segurança e meio ambiente daquele material.
Dessa forma, essa etiqueta fornece ao comprador dados essenciais sobre três aspectos do produto: resistência ao rolamento, ruído externo e aderência ao molhado.
Essa obrigação teve início com a criação do PBE, ou Programa Brasileiro de Etiquetagem, que passou a incluir os pneus automotivos a partir de 2018. O programa foi instituído pelo Inmetro com o objetivo de reforçar a qualidade dos produtos e melhorar a transparência das informações necessárias do fabricante.
Assim, a partir de então, todo pneu novo do tipo radial para carros de passeio, comerciais leves, ônibus e caminhões precisam, obrigatoriamente, ter a chamada Etiqueta Nacional de Conservação de Energia, a ENCE.
E quais os critérios dessa etiquetagem de pneus?

Como bem destacamos, o PBE considera 3 fatores essenciais na avaliação dessa etiquetagem de pneus, que são:
- resistência ao rolamento;
- ruído externo;
- aderência em pista molhada.
Dessa forma, para entender melhor como funciona essa avaliação, nós separamos algumas informações de cada uma delas abaixo. Confira!
Resistência do pneu ao rolamento
O primeiro ponto avaliado para conceder a etiqueta do pneu se refere à resistência do material ao rolamento. Mas antes de começar, vale adiantar que isso não significa apontar quantos quilômetros o produto vai “rodar” na prática. Pelo contrário!
A ideia desse quesito na etiqueta do pneu é simplesmente categorizá-lo conforme o seu desempenho de rolamento. Ou seja, na prática, quanto menor for a resistência na rodagem, mais eficiente será o pneu.
Afinal, isso gera mais economia de combustível e menos “esforço” para o veículo.
Mas vamos a uma explicação um pouco mais técnica. A resistência ao rolamento é a força aplicada à rotação da roda, e isso tem influência direta com o desenho, o peso e o composto da banda de rodagem.
Em outras palavras, quanto mais “resistente” o pneu for ao rolamento, mais energia ele demandará do veículo, gastando assim mais combustível e força motora, assim como emitirá mais gases poluentes.
Ruído externo
Um outro critério de avaliação da etiqueta do pneu se refere aos ruídos que o material provoca durante o deslocamento do carro.
Quanto mais barulhento (isso é calculado em decibéis – dB), menos eficientes são considerados os pneus pelo PBE.
Segundo os critério do programa, a classificação de ruídos deve atender aos seguintes limites de decibéis:
- Veículos de passeio: 75db
- Veículos comerciais leves e utilitários: 77dB
- Veículos pesados (Ônibus e Caminhão): 78dB
Aderência à pista molhada
Por fim, um outro critério considerado essencial na etiqueta do pneu, que tem relação direta com a segurança agregada do produto à condução, é sobre a aderência do material à pista molhada.
De acordo com o programa, quanto maior for a capacidade de aderência do pneu nessas condições, menor será o caminho percorrido pelo veículo em caso de frenagem, aumentando assim a segurança e os níveis de estabilidade em curvas e descidas.
Mas como identificar e ler as informações da etiqueta do pneu?
Como bem destacamos no início, apesar de obrigatória e estar presente em todos os produtos novos, a etiqueta do pneu, muitas vezes, passa despercebida aos olhos dos consumidores e, inclusive, de muitos profissionais.
No entanto, identificá-la e entender as informações presentes é mais simples — e fundamental — do que se imagina.
Em geral, essas etiquetas vêm presas ao pneu novo e contam com escalas, cores e símbolos bem fáceis de serem identificados.
Começando pela primeira, a de desempenho ao rolamento, teremos sempre uma escala de A a G, com cores que vão do verde claro até o vermelho escuro. Quanto mais claro e mais próximo ao A, é sinal de que aquele pneu é mais resistente à rodagem, mais econômico para o consumo de combustíveis e, consequentemente, mais sustentável.
Logo ao lado, vem a escala de aderência à pista molhada, que também segue o mesmo padrão de A a G, porém agora sem cores. Entretanto, a linha de raciocínio é a mesma, ou seja, quanto mais próximo ao A, mais aderente o material é.
Por fim, na parte inferior da etiqueta do pneu, vem o nível de decibéis provocado pelo produto durante a rodagem, representado sempre pela imagem de uma roda e de ondas sonoras.
Quais as vantagens disso para o mercado automotivo?
A etiqueta do pneu é um fator fundamental para a qualidade do produto a ser instalado no veículo. Mas mais do que isso, por parte dos fabricantes, é um compromisso com a segurança e desempenho de suas soluções.
Do lado do consumidor, essa prática permite entender melhor que tipo de material você estará investindo e como isso poderá influenciar na sua dirigibilidade, economia e contribuição com o meio ambiente.
Já para as empresas, a etiqueta do pneu serve também como diferencial de qualidade e reforça a imagem da fabricante perante o mercado, oferecendo uma comunicação mais transparente e produtos de maior destaque.
Em resumo, essas são algumas dicas essenciais sobre a importância da etiqueta do pneu e como saber identificar corretamente as informações ali presentes, aumentando assim suas próximas avaliações no momento da troca e prezando pela maior qualidade, economia e segurança de seu veículo.