Documentação e Legislação Veicular Suspensão a rosca é permitida? Saiba tudo sobre o tema aqui

Suspensão a rosca é permitida? Saiba tudo sobre o tema aqui

carros japoneses rebaixados - suspensão a rosca

Você gosta de modificações automotivas e quer rebaixar o seu veículo? Então veja mais sobre a suspensão a rosca.

Texto: Bárbara Lira

Através da resolução Nº479, em 2014, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) criou regras mais flexíveis e passou a permitir a suspensão a rosca. A principal exigência é a inclusão dessa modificação na documentação do veículo, tanto no campo observações do CRV (Certificado de Registro de Veículo), quanto no CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo).

Os automóveis que integram a permissão são das categorias leves, utilitários mistos, camionetes mistas, especiais e de carga.

Picape C10 rebaixada - suspensão a rosca

Em carros com até 3.500 kg a altura mínima permitida entre a carroceria e o solo deve ser maior ou igual a 100 mm, e o conjunto de rodas e pneus não pode tocar em nenhuma parte do veículo ao esterçar. Já em veículos pesados, acima de 3.500 kg, além das antigas regras de proteção no para-choque suspenso localizado na traseira, soma-se agora a de que a longarina não deve ultrapassar 2 graus a partir de uma linha horizontal.

Com a nova legislação, o Código Nacional de Trânsito (CTB) proíbe que a fiscalização policial seja feita com base no “olhômetro”. Ou seja, para multar um motorista, é necessário parar o veículo e realizar a medição dos padrões estabelecidos por lei.

Como regularizar minha suspensão rosca

Para não ter problemas com a documentação do veículo e poder dirigir sem medo, antes de rebaixar, é importante que o dono pense nos passos e gastos com a regularização do seu rebaixado. Saiba mais sobre esse processo:

  1. Autorização prévia do Detran: O motorista deve requerer junto ao Detran do seu estado uma autorização prévia para executar alterações em seu veículo. Isso pode ser feito em qualquer posto do órgão.
  2. Faça a alteração na suspensão: Com o documento da autorização em mãos, você poderá levar o carro a um mecânico de confiança, escolher o tipo de suspensão e realizar a mudança.
  3. Inspeção de segurança: Depois da modificação, o veículo deve ser levado a uma empresa autorizada pelo INMETRO para realizar a Inspeção de Segurança Veicular. No local, serão realizados testes e medições e, em seguida, o dono do rebaixado receberá o Certificado de Segurança Veicular (CSV).
  4. Nova documentação: Na última etapa, o condutor deve ir a um posto do Detran munido de alguns registros para solicitar os novos documentos do veículo. Veja a lista:
    1. CRV;
    2. Certificado de Segurança Veicular (CSV);
    3. Nota fiscal das peças utilizadas;
    4. Nota Fiscal do serviço, quando feito por oficina autorizada;
    5. Ou declaração, reconhecido firma, se responsabilizando civil e criminalmente pelo serviço – quando a suspensão modificada for feita por meios próprios,

Caso o automóvel já tenha a suspensão rosca e o dono do veículo deseje regularizar a sua situação, será necessário pagar uma multa, reconhecendo que o carro está circulando de forma irregular. Depois desse passo, basta seguir os últimos 2 itens citados acima.

Como funciona a suspensão a rosca?

O funcionamento deste tipo de suspensão é um dos mais simples. Basicamente, o mecanismo de rosca é aplicado sobre o amortecedor e telescópio, ou no eixo traseiro do carro. O sistema é composto por tubo roscado e flange e os 2 são acoplados – fazendo a função de porca e parafuso, por exemplo. Dessa forma, é possível fazer a regulagem da altura de forma manual apenas rosqueando.

kit de suspensão a rosca
Foto: Radical Suspensões/adaptada

Ao soltar ou abrir a rosca por meio de uma chave que acompanha o kit, a mola vai para baixo – esse movimento permite que o veículo fique rebaixado – no inverso, o aperto da rosca, a mola sobe – fazendo com que o carro tenha sua altura elevada.

Vantagens e desvantagens da suspensão a rosca

É importante lembrar que o sistema de suspensão serve para absorver as irregularidades do solo, oferecendo estabilidade e preservando a estrutura do carro, ou seja, ao modificá-lo, a manutenção veicular pode se tornar mais frequente.

Há três tipos de suspensões que são comuns de serem encontradas no mercado de modificados: rosca, fixa e suspensão a ar. Nesse caso, a primeira dica é consultar um profissional de confiança para saber qual se encaixa mais ao perfil do carro e do motorista.

A vantagem mais clara do sistema a rosca é o custo benefício, já que esse tipo de suspensão, comparada com as demais, costuma ser o mais barato do mercado.

A suspensão a rosca, como a ar, também permite regulagem, o que pode deixar o veículo mais confortável em determinado terreno. No entanto, isso também pode ser visto como uma desvantagem, já que essa regulagem é manual e mais trabalhosa. Nesse ponto, é fundamental cuidar para que todas as roscas fiquem da mesma altura e o veículo não fique torto – contar com a ajuda de um profissional é sempre o indicado, principalmente por prezar pela segurança dos passageiros, já que é necessário erguer o carro para regular altura de cada amortecedor individualmente.

É mais difícil vender um carro modificado?

Se você gosta de modificações no carro, saiba que nem toda modificação é bem vista na hora da revenda.

No caso da alteração na originalidade da suspensão, é de bom tom retornar à originalidade do veículo na hora de vender o seu carro, pois nem todo mundo pode gostar do trabalho feito e isso pode limitar muito o público interessado no seu carro.

Vale lembrar que o processo de avaliação da InstaCarro segue todas as diretivas do Detran e, caso alguma irregularidade seja encontrada, seja nas características do veículo ou em sua documentação, isso será um fator preponderante para a definição do valor de revenda. Portanto, é bom ter ciência dessa possível desvalorização.

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