Consórcio de carros pode ser uma boa opção?
compra carro com nome sujo - mulher sorridente pegando a chave de carro - consórcio

Consórcio de carros pode ser uma boa opção?

Na maioria dos casos, qualquer financiamento de carros tradicional vai acabar fazendo os consumidores pagarem a mais do que o valor original do veículo. E isso se dá por causa de um fator: as taxas de juros. Quando o contrato de financiamento é fechado e você já sai da concessionária com as chaves do carro em mãos, aqueles 2% ao mês definidos no papel parecem pouca coisa. Até ver, dali um ou dois anos pagando o carro, que o juros fizeram o preço do automóvel ficar muito maior. Para quem quer escapar dessas taxas, participar de um consórcio de carros pode ser uma boa opção.

Ao contrário do que muitos pensam, o consórcio não é uma forma de investimento. Longe disso: ele foi criado justamente pensando nas pessoas que têm interesse em trocar de carro mas não estão dispostas a arcar com as condições de um financiamento por CDC ou leasing. O consórcio de carros pode ser interessante não só para pessoas que não conseguem assumir as parcelas e os juros da compra de um carro, mas também para quem não tem pressa nenhuma em adquirir um automóvel e prefere ter uma dívida mensal menor do que a de um financiamento.

Para entender melhor sobre como funciona e também como participar de um consórcio de carros, confira o post abaixo!

Como funciona um consórcio de carros

Uma administradora de consórcio de carros usados ou novos, para funcionar, precisa de uma autorização. Só então, depois que essa foi conseguida, é que a empresa pode começar a reunir um grupo de pessoas interessadas em participar. Basicamente falando, o consórcio de carros funciona assim: um número x de pessoas paga mensalmente à administradora um valor y, sem juros, para terem a chance de ganhar uma carta de crédito no sorteio, que acontece todo mês.

“Mas como funciona esse sorteio? Quanto tempo demora para eu adquirir o meu veículo? Se eu não for sorteado, vou ter pago o consórcio a toa?”. Todas essas perguntas são pertinentes quando se pensa em entrar em um consórcio de carros.

Todo mês, junto com o boleto, os participantes recebem a pedra-chave e a data dos sorteios, que pode acontecer tanto no primeiro mês quanto no último. É totalmente imprevisível, e a pessoa, uma vez contemplada, não ganha de novo.  Além do sorteamento, um membro do consórcio de carros pode ganhar a carta de crédito em outros dois momentos diferentes ao longo do tempo de contrato: se der um lance pela carta ou ao final do pagamento das parcelas do consórcio.

Os participantes podem dar um lance pela carta de crédito – uma outra, sem ser a que vai para o sorteado -, como se fosse um leilão. Quem oferecer um valor maior, leva a carta. Essa é uma opção boa para quem possui condições financeiras suficientes para tentar conseguir o seu carro de forma mais rápida. Em caso da pessoa não ser sorteada em nenhum momento do tempo de contrato, ao final do mesmo, ela automaticamente é contemplada com uma carta de crédito e pode trocar pelo seu carro.

Como participar de um consórcio de carros

Após entender como funciona um consórcio de carros, é normal que algumas pessoas queiram participar de um. Além de não ter de pagar taxas de juros que encarecem demais o valor do veículo, pode acabar sendo o ideal para quem não tem pressa em adquirir um carro. Como de costume, para entrar em um consórcio, seja de carros ou de qualquer outra coisa, é necessário procurar a administradora responsável e pagar em dia todas as parcelas.

Existe a possibilidade de participar de um grupo em formação, que acabou de atingir o número mínimo de membros e está iniciando as operações, ou em um consórcio já em andamento. O valor mensal definido em contrato chega todo mês ao participante, e pode ser pago de forma simples em caixas eletrônicos. Algumas administradoras oferecem, ainda, a opção do débito automático em conta corrente.

As parcelas do consórcio podem ser reajustadas, não por meio de taxas ou juros, mas sim pelo aumento do valor do veículo no mercado. Caso o carro pretendido definido no contrato fique mais caro, a parcela do consórcio também ficará. E, aliás, lembre-se: o consórcio deve ser pago até o fim, mesmo após a contemplação.

Inadimplência com o consórcio de carros 

Não é recomendável, mas pode acontecer de o consorciado atrasar algumas parcelas do contrato. Os juros e as multas, nesse caso, acabam sendo inevitáveis. Se forem muitas as mensalidades abertas, o membro pode ser excluído, e, se tiver sido contemplado em algum momento, a administradora chega até a pedir a apreensão do veículo. Entretanto, para não se prejudicar tanto, há algumas saídas para o consorciado.

Vender a cota do consórcio para um possível novo membro é uma delas. Nesse caso, é necessário o próprio consorciado buscar os interessados. O item desejado no contrato pode ser, também, trocado por um mais barato, readequando, assim, tanto o valor da carta quanto o valor da mensalidade. Em último caso, se nada der certo, o integrante pode pedir formalmente a exclusão do grupo, que acontecerá mediante o pagamento de uma multa.

Cuidados antes de entrar em um consórcio

Fique atento em relação à fraudes, principalmente se tratando de compra de cotas de consorciados que teoricamente desejam deixar um grupo. É possível encontrar pessoas vendendo cota de consórcio de carros a um preço muito abaixo do valor praticado no mercado. Em casos de ofertas vantajosas, é necessário desconfiar, só fechando a transação após possuir garantias legais e um contrato bem feito. Pesquisar sobre as empresas também pode vir a ser muito útil.

Procure saber se a administradora que cuida do consórcio é de confiança. O principal requisito para isso é a posse de uma autorização do Banco Central, órgão federal que cuida desse setor. Verificar reclamações sobre a administradora em instituições de proteção ao consumidor, como o Procon, também pode servir para complementar a pesquisa.

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