Vale a pena ter um carro? Veja as maneiras de comprar um carro e quais as vantagens e desvantagens de ter um veículo em sua garagem
Comprar um veículo utilizando um financiamento de carros pode ser um meio rápido de obtê-lo, mas nem por isso é simples de lidar. É necessário planejamento, inclusive na escolha do tipo de financiamento e quais as consequências por não pagá-lo.
Quem deseja financiar carro depende da liberação do financiador, que normalmente são bancos, após feita uma análise financeira.
Geralmente, os financiadores avaliam se o cliente está com o crédito negativado ou não, quanto ganha e quantas parcelas fixas ele já paga mensalmente. O intuito é concluir se a pessoa pode ou não arcar com a dívida do financiamento.
Para saber mais sobre, confira o post completo abaixo!
Tipos de financiamento de carros
Para quem quer pegar um financiamento de carro usado ou mesmo um novo, existem, atualmente três opções. São elas: CDC (Crédito Direto ao Consumidor), consórcio de carros e o leasing.
Cada uma possui sua forma de negócio, bem como taxas de juros diferentes entre si, e todas podem ser usadas tanto para carros novos como para usados. Confira:
1. Crédito Direto ao Consumidor (CDC)
O CDC é um empréstimo concedido pela instituição financeira para quem deseja fazer a compra do seu carro novo, usado ou seminovo. A transação pode ser realizada diretamente entre o banco e o cliente ou com a interferência do vendedor. No primeiro caso, porém, há mais chance de se negociar taxas de juros, prazos e demais condições.
De todo modo, o bem financiado fica em nome do comprador e é alienado ao banco. Em outras palavras, o automóvel não pode ser envolvido em nenhuma transação até que sejam quitadas todas as parcelas do financiamento do carro.
As vantagens e desvantagens do CDC
O CDC oferece taxas de juros menos atraentes. Essa característica faz o Custo Efetivo Total (CET) — que inclui ainda os encargos cobrados na transação — o maior de todas as operações.
Para você ter uma ideia, os juros do CDC fecharam em 1,75% ao mês em 2018, o que representa 23,14% ao ano. E o valor total pago será ainda maior, devido aos encargos cobrados pelas instituições financeiras para fornecerem o crédito. Afinal, trata-se, de fato, de uma operação de crédito. Logo, algumas cobranças — como o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e a Taxa de Aprovação de Crédito (TAC) — são acrescidas ao valor das parcelas.
Apesar disso, há vantagens. A maior delas é que, caso o pagamento das parcelas seja adiantado, o desconto é significativo e proporcional à somatória do tempo antecipado. Se você pagar seis meses antes do prazo de vencimento, por exemplo, terá os juros desse período abatidos. Assim, o montante final pago no financiamento do carro é menor.
Por sua vez, em caso de inadimplência do comprador, a operadora financeira pode requerer a retomada do bem, seja de forma amigável, seja na justiça. Se isso acontecer o veículo irá a leilão, e o montante arrecadado cobrirá as custas judiciais. O valor remanescente da dívida, se existir, será devolvido ao comprador.
As formas de pagamento
O Crédito Direto ao Consumidor facilita as condições de pagamento ao comprador. As instituições financeiras permitem a antecipação das parcelas, conforme indicado. Além disso, é possível pagá-las das seguintes maneiras:
- boleto — pode ser recebido em casa ou retirado pelo site da instituição financeira;
- débito automático — é descontado diretamente da conta-corrente cadastrada.
A diferença das duas modalidades é que, no boleto, você tem a chance de emitir uma segunda via pela internet e obter o desconto da antecipação proporcional ao vencimento. Se a parcela vencer no dia 27, por exemplo, mas você pagar a prestação no dia 5, tem-se a chance de obter o novo código de barras com o abatimento do valor.
No débito automático é impossível fazer isso, porque a dedução está programada. O prazo de pagamento costuma ser de até 60 vezes.
2. Leasing
Nessa modalidade de financiamento de carros, o comprador é, na verdade, um arrendatário do veículo: o bem fica à sua disposição, mas ele não o possui em seu nome. Ao final do pagamento das parcelas, o consumidor tem a chance de passá-lo para o seu nome ou fazer outro financiamento de carro.
Muitas instituições oferecem essa modalidade aos seus clientes — o que permite, assim como o CDC, uma negociação sem intermediários. E, por ser uma espécie de aluguel, ela tem características próprias, como veremos em seguida.
As vantagens e desvantagens do leasing
A principal vantagem do leasing é a ausência de IOF, que tende a tornar o CET menor do que no CDC. É muito importante pesquisar o mercado para descobrir a melhor opção, pois as taxas variam de acordo com a instituição financeira, mas a expectativa é que o leasing seja mais barato. Suas desvantagens, por outro lado, ficam para o momento da quitação.
Algumas regras que diferenciam o leasing do financiamento de carro tradicional se referem aos prazos de pagamento e merecem uma atenção especial. A primeira é que só é possível antecipar a dívida do contrato após o terceiro mês. Caso contrário, essa deixa de ser uma operação de arrendamento mercantil e passa a ser caracterizada como de compra e venda. Além disso, o adiantamento de parcelas não traz benefícios, porque inexiste qualquer desconto referente a juros.
Outro ponto negativo é a contratação para prazos acima de 24 meses — o período mínimo quando o bem tem vida útil de até cinco anos. Se esta for maior, o prazo é de 36 meses ou superior. Caso o prazo fique entre o terceiro e o 24º mês, o comprador deve indicar outra pessoa para transferência, já que o carro não poderá ficar no nome do locatário, conforme regra da operação.
Também é relevante que há uma multa por rescisão do contrato, se o comprador quitar de forma antecipada todas as parcelas. Isso torna a opção menos interessante do que no CDC. Além disso, em um cenário de inadimplência o consumidor é notificado para devolver o veículo, e o carro pode ir a leilão, mas o cliente não receberá nenhum valor.
As formas de pagamento
O pagamento do leasing é combinado entre você e a instituição financeira. De modo geral, a quitação ocorre por boleto ou débito automático, desde que esteja dentro das condições especificadas antes ou determinadas em contrato.
Mais que isso, vale a pena lembrar que não existem vantagens ao antecipar parcelas, e você ainda corre o risco de pagar uma multa.
3. Consórcio
O consórcio é a modalidade que permite ao comprador fazer uma programação da sua compra — sendo, portanto, indicado para quem não tem pressa em adquirir o bem. Nesse tipo de aquisição, o consumidor entra para um grupo de consorciados a partir da obtenção de uma cota.
Tal cota está vinculada a uma carta de crédito, que se refere ao valor contratado para a futura aquisição do bem. Esse montante é acrescido de taxa de administração e dividido em parcelas mensais, e os valores pagos são colocados em um fundo comum. Assim, todos os meses é realizado um sorteio e uma cota é contemplada. Você ainda pode antecipar o processo com um lance.
De forma breve, essa opção consiste na oferta de um valor a título de adiantamento de parcelas. Caso a quantia ofertada seja a mais alta, você recebe a carta de crédito antes do prazo e tem direito a adquirir o bem.
Não existe muita burocracia no ato da assinatura do contrato de compra do consórcio. Quando a cota é contemplada, a aquisição é feita como na modalidade à vista. Se houver diferença de valor a pagar, a negociação do restante ocorre como em uma modalidade de CDC, com as mesmas exigências de aprovação de crédito e alienação do bem.
As vantagens e desvantagens do consórcio
O consorciado oferece a vantagem de não ter incidência de juros sobre o valor do bem adquirido. Existe, porém, a cobrança da taxa de administração feita pela administradora do grupo e do fundo de reserva, que serve para cobrir a inadimplência de algum participante.
Outra vantagem é que, em caso de débito em aberto, antes do cotista tomar posse do bem ele é dado como desistente. Portanto, seu nome não é inserido no cadastro de devedores, como SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) ou Serasa. No entanto, o valor pago só é devolvido ao término do grupo, o que pode levar um bom tempo.
Em caso de desistência antes da contemplação, o comprador pode transferir sua cota para terceiros, desde que aprovado pela administradora. Ao contrário do que ocorre com o leasing e o CDC, contudo, as parcelas não são fixas e sofrem com as atualizações do valor do bem para garantir o poder de compra do grupo.
Outra grande vantagem do consórcio é que, ao término do grupo, quando todos os participantes tiverem recebido seus bens, os consorciados podem receber o saldo remanescente para compra dos produtos ou pagamento das taxas de administração.
As formas de pagamento
O pagamento do consórcio é feito de acordo com a administradora. Geralmente, ocorre por boleto ou débito em conta-corrente, como nas outras modalidades, e o lance é feito diretamente na empresa, antes da realização do sorteio mensal.
No momento da aquisição do carro, você deve informar à administradora sobre o modelo escolhido e a concessionária ou revendedora. A burocracia de repasse de valores é interna, e caso ainda existam valores a pagar, a negociação é realizada com a instituição financeira.
Por fim, para que a compra do tão sonhado automóvel seja um prazer, fique sempre atento às taxas cobradas e às cláusulas dos contratos. No caso do leasing e do CDC, é recomendado que você se informe sobre o custo final da transação, para que tenha um parâmetro de comparação entre as ofertas das instituições bancárias.
Financiar carro x pagamento à vista
Para comprar veículo financiado, devemos pensar sobre várias questões além da quantidade de parcelas e do seu valor. Os bancos trabalham com taxas de juros, o que faz com o valor real do veículo acabe sendo muito maior do que o anunciado.
Os juros ao mês podem ser de 0,99%, mas, pensando anualmente, se tornam 12,55%. Para tomar como base: com essa taxa de juros, em 60 parcelas, R$ 12.680,21 acabam se tornando R$ 17.940 — o valor da parcela, nesse caso, seria de R$ 299. São R$ 5.259,79 a mais do que o montante original justamente por causa dos juros do banco.
Quanto maior for o tempo de pagamento, maior será o valor pago. Portanto, sem dúvidas, planejar a compra de um carro à vista será sempre mais vantajoso para o nosso bolso. A questão, nesse caso, é a paciência para poupar o valor. Se a pessoa acredita que pode aguentar um determinado tempo sem carro ou mesmo com um veículo antigo e com mecânica duvidosa, o melhor negócio é esperar para poder pagar o carro à vista.
Afinal, diante de todos os prós e contras, vale a pena ter um carro?
Antes de entrarmos especificamente nos prós e contras de uma aquisição como essa, é bom lembrar que a realidade pode mudar muito de pessoa para pessoa.
Cada indivíduo conta com necessidades muito específicas e, o que é imprescindível para um, pode ser dispensável para outro. Para alguns, vale a pena comprar um carro, para outros, não.
Conheça alguns prós e contras e tome uma decisão mais acertada, descobrindo qual carro vale a pena comprar e se comprar carro usado vale a pena.
Vantagens de ter um carro próprio
Vamos começar compartilhando alguns pontos positivos que um veículo próprio pode proporcionar e entender quando vale a pena trocar de carro. Veja:
1. Economia de tempo
O tempo é uma das coisas mais valiosas que temos nessa vida corrida — e cada minuto deve ser bem aproveitado. Se sua vida é muito agitada e você mora em grandes centros, então pode ser que ter um carro próprio seja uma boa opção.
2. Facilidade para transportar outras pessoas e coisas
Quem tem a rotina apertada, por exemplo, pode deixar livros, materiais de estudo, casaco, roupas de academia e outras coisas que facilitam muito a vida no porta-malas. Essa é uma forma de garantir toda essa facilidade sem ter que ficar carregando isso de um lado para o outro contando com a própria força física.
Além disso, quem tem filhos pequenos ou pais que precisam de cuidados especiais também podem ver no carro uma ótima alternativa de se locomover com facilidade. Tudo fica bem mais fácil contando com a ajuda de um veículo próprio!
Desvantagens de ter um carro próprio
Bem, como você deve imaginar, não existem apenas pontos positivos quando o assunto é se vale a pena ter um carro. Veja os contrapontos:
1. Alto investimento monetário
Ter um veículo seu representa investir uma grande quantidade de dinheiro, pois um carro próprio não é nada barato aqui no Brasil (mesmo os modelos seminovos/usados). É bom lembrar que, além das mensalidades do parcelamento, você ainda precisa investir em manutenções periódicas, IPVA, combustível, estacionamento e outras coisas do tipo.
2. Risco de acidentes
Qualquer pessoa que se locomove com um carro está vulnerável a acidentes. Os transportes públicos também podem ser atingidos, mas como contam com motoristas muito bem preparados, as chances de isso acontecer são bem menores.
3. Poluição do meio ambiente
Quanto mais veículos circulando, maior a queima de combustível. Isso significa um aumento significativo de poluição e outros danos para o meio ambiente.
Para fechar, é bom lembrar também da poluição sonora. O barulho provocado pelo motor, buzina e freios também pode ser muito irritante e, quanto maior o número de carros circulando, pior o cenário.