O que conferir na revisão de 40 mil km? Apesar das particularidades entre as marcas, confira o que é mais comum
Assim como com o passar do tempo nossos corpos começam a falhar e dá sinais de que precisam de cuidados, nossos carros também sofrem desgaste com o passar do tempo e passam a apresentar problemas mecânicos.
Esse desgaste pode ser maior ou menor, vai depender das condições da pista que o veículo roda e até mesmo da forma como você o conduz. Quando o carro chega a marca de 40.000 km rodados, ele já deve ter passado ao menos duas vezes na oficina para manutenções preventivas.
Nesse momento, se as outras revisões do carro não foram feitas, você deve conversar com seu mecânico e explicar a situação para ele, que por sua vez irá olhar os itens indicados na revisão de 10.000 e 20.000 km rodados, além de verificar os seguintes itens que são trocados e examinados na revisão de 40.000 km rodados:
Sistema de ventilação do cárter do motor (blow by)
Muita gente não faz nem ideia que ele existe, porém o sistema de ventilação do cárter do motor (PCV) é importantíssimo para o bom funcionamento do conjunto motriz. Ele existe para realizar a evacuação e recirculação dos gases que se concentram no cárter de um propulsor a combustão.
O componente existe principalmente por três motivos:
- I. para preservar o lubrificante do motor;
- II. para evitar sobrepressões no cárter e;
- III. para controlar os gases poluentes emitidos pelo sistema.
Caso exista entupimento na válvula ou mangueira do PCV, o veículo começará a apresentar marcha lenta irregular, vazamento de óleo, óleo no filtro do ar e borra no cárter. Por isso, é importante realizar sua manutenção de limpeza após 40.000 km rodados.
Verificação do nível de óleo da caixa de câmbio
Essa dica é exclusiva para os proprietários de carros automáticos, já que aqueles com câmbio manual possuem durabilidade para a vida inteira sem troca, apesar de existirem algumas exceções. Nas transmissões manuais é importante apenas uma verificação periódica de conferência do nível, para se certificar que não há vazamentos.
Já nos carros com câmbio automático é necessário a manutenção conforme o Manual do Proprietário. Algumas montadoras indicam que a troca do lubrificante deve acontecer entre 50.000 e 100.000 km rodados. Apesar disso, também é interessante ir verificando o nível a cada 20.000 ou 30.000 km rodados e ver se existe vazamento.
Lonas e tambores de freio das rodas traseiras
É importante conferir na revisão de 40.000 km rodados a situação das lonas e tambores de freio das rodas traseiras. Se estiver com problemas, provavelmente o condutor sentirá, ao pisar no pedal, o carro demorando mais tempo que o normal para parar.
Além disso, ruídos ou barulhos, principalmente quando se utiliza o freio, podem ser sinais de desgaste das lonas e tambores. Em situações mais graves, como trepidação ou o aumento excessivo de temperatura nas rodas, podem colocar não só o sistema em pane, como a segurança do condutor e dos passageiros em risco.
Troca de óleo e filtros do motor, do combustível e de ar
A troca de óleo do motor é uma manutenção importante a se fazer periodicamente, já que ele é o responsável pela lubrificação e proteção das partes móveis do propulsor, reduzindo o atrito e evitando o desgaste prematuro.
Os filtros são peças de extrema importância também, sendo os três mais importantes: de óleo, ar e combustível. O primeiro filtra as impurezas que podem estar no óleo lubrificante, enquanto o de ar é responsável por garantir que o ar limpo vá até a câmara de combustão do motor para o processo de mistura com o combustível.
Por último, porém não menos importante, temos o filtro de combustível que é responsável pela proteção do sistema de injeção do motor. Ele absorve todas as impurezas que podem conter no tanque, como água, borra ou sujeira.