Saiba quando e como deve ocorrer o fim dos carros a combustão no mundo e que impactos essa mudança deve trazer ao mercado.
Chegar em casa e ligar o veículo na tomada já é uma realidade para muitos condutores, especialmente em países da Europa e na China. Mas será que isso já possibilita anunciar o fim dos carros a combustão no mundo e uma verdadeira revolução do setor automotivo nos próximos anos?
Bom, o fato é que os carros elétricos e outras alternativas mais modernas e sustentáveis têm se tornado cada vez mais viáveis e factíveis em diversos lugares do mundo. Seja pelo maior investimento das montadoras, seja por incentivos governamentais.
Além disso, algumas metas e objetivos já foram traçados para reduzir os níveis de emissão de gases poluentes na atmosfera, inclusive, com datas e prazos já estipulados.
E para trazer à tona os principais pontos desse debate, preparamos este post com algumas dicas, dados e curiosidades sobre o que é expectativa e desafio em relação ao possível fim dos carros a combustão no futuro breve.
Afinal, já é possível prever o fim dos carros a combustão?
Ainda que possa parecer um cenário utópico e até mesmo distante da nossa realidade atual, podemos ao menos garantir que já iniciamos o processo para o fim dos carros a combustão.
A União Europeia, por exemplo, já apresentou uma meta de reduzir a zero as emissões de CO2 de carros novos produzidos no continente na próxima década. A ideia é que até 2035 todos os carros novos em circulação já sejam movidos a eletricidade ou a combustíveis limpos.
E como bem destacamos, não se trata apenas de um “sonho” ou de metas fictícias. A largada para o fim dos carros a combustão já foi dada por lá. E desde 2020 a União Europeia impôs às montadoras um limite de 95 gramas de CO² por km em seus veículos novos, o que deve diminuir gradativamente ao longo dos próximos anos.
Por fim, diversos países europeus têm incentivado o consumo de carros mais sustentáveis. Incluindo os 100% elétricos, por meio de subsídios e isenções fiscais para tornar seus preços mais competitivos.
E no Brasil, isso também já é uma realidade?
Ter um carro elétrico no Brasil já é possível. Apesar de estar longe da realidade de boa parcela do público, o número de modelos cresce em ritmo constante, com ofertas que vão desde subcompactos até SUVs de sete lugares.
Por outro lado, o que falta ainda para o Brasil embarcar nessa corrida para o fim dos carros a combustão é justamente a ausência de políticas públicas de incentivo, como as que destacamos no tópico anterior na Europa.
Pois um projeto de lei do deputado Paulo Teixeira (PT-SP) prevê regras semelhantes ao que foi implementado lá fora. E estipula a proibição gradativa da produção e venda de carros novos a combustão a partir de 2030.
Isso incluiria todo tipo de carro leve, como motocicletas, veículos de passeio, caminhonetes, utilitários e quadriciclos, por exemplo.
Essa ideia segue a mesma proposta já aprovada no Reino Unido. País que se comprometeu a encerrar a fabricação de carros a combustão a partir de 2030.
E quais seriam as vantagens práticas do fim dos carros a combustão?
Muitos entusiastas vão torcer o nariz. Mas embora nada substitua o ronco de um belo motor V8, não podemos negar que o fim dos carros a combustão terá implicações diretas na questão ambiental. Principalmente nos grandes centros urbanos.
Aliás, podemos considerar a questão da sustentabilidade como a mais importante e significativa nesse processo. Afinal, segundo levantamentos de instituições ambientais, os carros representam mais de 72% das emissões de gases poluentes no mundo.
Ou seja, o fim dos carros a combustão traria um impacto profundo e permitiria reduzir consideravelmente os efeitos causados pela poluição na atmosfera.
Consequentemente, isso também influencia na qualidade de vida das pessoas, minimizando por exemplo, riscos de doenças respiratórias, incidência de fenômenos naturais, aquecimento global etc.
E além dessas questões socioambientais, o fim dos carros a combustão também contribui para a criação de um novo mercado, novas especializações e de novos profissionais no setor automotivo.
Quais são os gargalos e desafios para essa transformação?
Por mais promissora que seja a ideia de pôr fim aos carros a combustão, há um imenso desafio para tornar prática essa realidade. Inclusive nos países que já estão à frente com projetos e iniciativas.
O primeiro ponto de todos se refere à infraestrutura das cidades em relação a disponibilidade de uma rede eficiente de abastecimento desses veículos. Além disso, será que todas as regiões teriam capacidade energética para suprir a demanda diária desses carros?
Depois, a questão da fabricação e montagem de modelos elétricos ainda requer insumos e tecnologias automotivas nem tão acessíveis, pelo menos, para considerá-los carros populares. Sem contar a questão do processo de reciclagem das baterias após o fim da vida útil do veículo.
Em suma, esse é um panorama sobre o possível fim dos carros a combustão nos próximos anos e quais as expectativas já podemos vislumbrar com um cenário mais sustentável, moderno e tecnológico.
Como bem vimos, datas e metas já foram impostas na União Europeia e algumas iniciativas e projetos buscam ações semelhantes no Brasil. Mas só mesmo o tempo nos trará uma resposta definitiva sobre a extinção dos modelos atuais.