Picape futurista Nissan Surf-Out que vai ficar abaixo da Frontier e ser uma nova rival da Toro e Maverick.
A marca japonesa está com planos audaciosos e prometeu lançar 23 modelos eletrificados até o final da década, sendo que desse total, 15 serão carros elétricos. Assim como muitas empresas estão se propondo, a Nissan busca ser neutra em carbono até 2050.
Entre seus projetos elétricos está a picape Nissan Surf-Out, que ficará abaixo da Frontier e será uma nova rival da Fiat Toro e Ford Maverick.
Há algum tempo a Nissan já fala em ampliar sua atuação na categoria, e a Nissan Surf-Out aparece como o seu primeiro (provável) lançamento de picape nos próximos meses.
A Picape Nissan Surf-Out
O conceito, batizado como Surf-Out, já consegue adiantar como será o veículo final. O Nissan Surf-Out tem uma construção monobloco e cabine simples, com espaço para apenas duas pessoas. Já a caçamba tem um espaço bem generoso.
Segundo fontes, a intenção da picape é entregar uma pilotagem suave independente do terreno, permitindo que os clientes cheguem em qualquer lugar com conforto e confiança.
A Nissan não divulgou detalhes de medidas, autonomia ou desempenho do protótipo, porém adiantou que a picape foi criada para ter tração integral com dois motores, um em cada eixo, entregando vários níveis de potência.
Espera-se que Surf-Out siga a linha dos modelos que utilizarão futuramente baterias de estado sólido, que são menores, mais leves e que podem ser recarregadas rapidamente.
Seu design realmente é futurista, talvez até mais que os modelos da Tesla. Sua frente transparente usa iluminação em LED em volta do que seria a grade e o nome da Nissan escrito no centro.
Já a traseira, no mesmo estilo que a dianteira, possui alguns emojis, mostrando que pode ser personalizada. Também chama a atenção a cobertura opaca para a caçamba. O interior utiliza um banco inteiriço.
Seu painel é de outro mundo de tão à frente dos modelos que temos hoje, com uma tela horizontal enorme e um volante retangular sem botões, que não seria possível na versão final.
Não existe nenhuma confirmação que esse carro conceito será de fato produzido em larga escala, porém, já é uma boa notícia para os fãs da marca, já que mostra o interesse e ações acontecendo para se adequar ao segmento de picapes eletrificadas.
O plano de expansão entre os veículos com caçamba deve começar entrar em ação com a chegada da Frontier renovada no início do próximo ano. A velha conhecida ainda não terá nenhum tipo de eletrificação, mas pode ser que apareça alguma novidade nos anos seguintes, como versões híbridas, assim como acontecerá com sua concorrente Toyota Hilux.
Além disso, o novo investimento do plano “Nissan Ambition 2030” pode dar mais força para a chegada do sistema híbrido e-Power em nossas terras, que já é usado em outros mercados no mundo e que ainda não desembarcou no Brasil.
Baterias Nissan
Assim como suas concorrentes GM, Ford, Volkswagen e Stellantis, a Nissan também está trabalhando com parceiros para construir suas próprias células e pacotes de bateria de carros elétricos. A intenção é aumentar sua capacidade global de produção de bateria para 52 GWh em 2026 e 130 GWh em 2030.
A General Motors, por exemplo, já possui quatro fábricas de baterias em joint venture planejadas. Já a alemã Volkswagen está com planos de ter pelo menos seis fábricas globais. A Ford está gastando mais de 11 bilhões de dólares em uma segunda fábrica destinada a picapes elétricas, assim como está buscando abrir três fábricas de gigawatts para fazer suas próprias baterias.
Enquanto isso, a marca japonesa está colocando seus esforços em melhorar suas baterias de íon de lítio e introduzir tecnologia sem cobalto, reduzindo assim o custo de produção em 65% até 2028.
A busca por diminuir os gastos de produção não é exclusiva da Nissan, já que a maioria das montadoras está atrás de tornar os VEs (Veículo Elétrico) tão acessíveis quanto os movidos a combustão.
A Nissan foi uma das primeiras montadoras a desenvolver baterias de íon-lítio e tem como objetivo também se destacar no lançamento de baterias de estado sólido. Seus planos para isso já estão em andamento, e em 2024 a empresa já deve ter uma fábrica de baterias piloto funcionando em Yokohama para alcançar seus objetivos.
