Anfavea afirmou que com 9,9 mil vendas de carros, setembro teve a melhor média diária de venda de carros, com exceção de julho com os incentivos governamentais de carro popular
A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) divulgou nesta sexta (06) o balanço de vendas de carros novos em setembro. Apesar do número de vendas e produção ter caído em comparação a agosto, a média de vendas diárias bateu recorde do ano todo. A única excessão fica para julho quando o governo federal implementou medidas de incentivo fiscal para redução do preço de carros populares.
A expectativa da associação é grande, com os últimos balanços de vendas no mercado automotivo brasileiro, a Anfavea decidiu revisar a projeção de vendas, feita em janeiro. A projeção foi elevada de 3% para 6% sobre o volume de 2022. Para a venda somente de veículos leves, a projeção cresceu de 4,1% para 7,2% de alta.
“Havia um temor de que o mercado se retrairia após o fim dos descontos oferecidos pelo governo federal, mas a média diária de vendas vem crescendo de forma consistente nos últimos dois
meses”, afirmou o Presidente da ANFAVEA, Márcio de Lima Leite.
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Crescimento de venda de carros importados
O mercado automotivo brasileiro tem uma forte presença de carros importados. O crescimento deste setor preocupa a associação que afirma que aumentar imposto para importação de veículos não é incoerência. Os impostos defendidos pela associação afetam diretamente a criação de um setor de carros elétricos nacionais.
A alta de vendas de veículos novos não vem necessariamente de veículos nacionais, “dois terços dessa maior demanda do mercado interno vem sendo atendida por produtos importados”, ressaltou Leite
Apesar das vendas estarem em crescimento, a produção de veículos no Brasil está em queda. A associação também revisou a projeção de produção de veículos, mas desta vez, para baixo. Um dos princuipais motivos para a queda é a redução de exportações. A expectativa agora é que 2023 feche com a produção anual de 2.732 mil autoveículos produzidos, 0,1% a mais do que em 2022. Em janeiro, esperava-se um crescimento de 2,2%.
