Relembre ou conheça a trajetória das versões esportivas da 1ª geração do Fiat Uno no mercado automotivo brasileiro.
Produzido no Brasil entre 1984 e 2013, o Fiat Uno de 1ª geração foi o modelo mais produzido na história da filial brasileira da marca italiana e contribuiu de maneira decisiva para a trajetória bem-sucedida da empresa por aqui.
O Fiat Uno brasileiro combinava a carroceria e o interior do recém-lançado carro europeu com a plataforma do Fiat 147. Modelo que também cedia os motores para o novo produto.
Surgido numa época que ficou conhecida pelo fenômeno dos hatches compactos esportivos no mercado automotivo brasileiro, o Uno também contou com vários representantes nesse segmento. Confira algumas delas a seguir:
Fiat Uno SX

A versão SX do Uno foi a primeira a oferecer algo próximo de um visual e rendimento esportivo, já em 1984.
Trazia um pacote visual diferenciado, com molduras nas caixas de roda, calotas integrais e para-choque dianteiro com spoiler e faróis auxiliares integrados. No seu interior, o modelo contava com conta-giros e volante de quatro raios.
Já sob o capô, o Uno SX trazia uma versão recalibrada do motor 1.3 da versão CS. Alimentada com etanol, desenvolvia 70 cv. Ou 10 cv a mais do que no Uno CS.
Mas mesmo assim o desempenho era tímido: acelerava de 0-100 km/h em pouco mais de 15 segundos.
Fiat Uno 1.5 R

O Fiat Uno só foi ganhar uma versão mais apimentada na linha 1987, quando surgiu a versao 1.5 R para substituir a SX. O visual foi atualizado por dentro e por fora.
No exterior, além de novas calotas (depois substituídas por rodas de liga leve), o modelo trazia tampa de porta-malas em preto fosco, faixa lateral e kit aerodinâmico com aerofólio na traseira. Por dentro, destaque para os cincos de segurança na cor vermelha e o painel de instrumentos completo com check control.

Já no lugar do 1.3 recalibrado, o Uno 1.5 R traz um propulsor 1.5 que até então era reservado apenas para o sedã Premio. Abastecido com etanol, desenvolvia 85 cv com mudanças na carburação, novo comando de válvulas e taxa de compressão mais alta.
Combinado a um câmbio mais curto e ao sistema de suspensão recalibrado e rebaixado, permitia ao hatch acelerar de 0-100 km/h em cerca de 12 segundos, com velocidade máxima de 162 km/h, Boas marcas para a época.
Fiat Uno 1.6R

A próxima evolução do Fiat Uno esportivo seria a versão 1.6R, revelada em 1990 e que dava uma atualizada no conceito original do 1.5R.
Com pequenas mudanças visuais, trazia sob o capô uma versão 1.6 do motor argentino Sevel, que desenvolvia 88 cv com etanol.
Pode parecer um potência baixa para o ano de 2021. Mas no início dos anos 1990, foi o suficiente para tornar o hatch um dos carros de maior desempenho produzidos em série no Brasil. Acelerava de 0-100 km/h em pouco mais de 10,9 segundos e atingia 166 km/h de máxima.
Em 1993, o Uno 1.6R virou o 1.6R MPI com a incorporação da injeção eletrônica multiponto que fez o propulsor a gasolina ir a 92 cv. Mas durou apenas até 1994.
Fiat Uno Turbo

O Fiat Palio estava quase chegando ao mercado automotivo brasileiro para substituir as versões mais caras do Uno. Mas isso não impediu que a marca lançasse em 1994 o Uno Turbo, que se tornou a mais impressionante de todas as versoes esportivas do carro feito em Betim (MG).
A inspiração era o carro italiano dos anos 1980. Mas o Uno Turbo brasileiro trazia um pacote aerodinâmico próprio e bem diferente do 1.6 R, com para-choques mais elaborados, saia lateral e molduras de para-lamas exclusivos, além das rodas de liga-leve de 14″.
Já sob o capô, o primeiro carro turbo produzido em série no Brasil trazia o motor 1.4 Fire italiano calibrado para desenvolver 116 cv com gasolina. Além de um câmbio também trazido da Itália, trazia suspensão, freio e direção ajustados para suportar a cavalaria adicional.
O Fiat Uno Turbo acelerava até os 100 km/h em cerca de 9 segundos e atingia a velocidade máxima de 193 km/h. Com uma produção reduzida, durou até 1996 e se tornou uma das configurações mais desejadas e valorizadas do compacto no Brasil.