Está pensando em comprar um carro com o câmbio AL4? Saiba os prós e contras e quais cuidados deve ter antes de comprá-lo.
O câmbio AL4 já é um velho conhecida do mercado automotivo brasileiro. Desenvolvido na Europa no final dos anos 1990, foi criada por Renault, Peugeot e Citroën para uso em motores de quatro cilindros e torque de até 210 Nm.
Nos carros brasileiros, estreou em 2001 na minivan Xsara Picarro. Atualizado no início dos anos 2010, quando ganhou um novo conversor de torque, passou a ser chamado de AT8 (PSA) e DP2 (Renault) e seguiu disponível nos Peugeot e Citroën brasileiros até 2017. Na Renault, o Captur 2.0 deixou a antiga caixa em 2020.
Trata-se de um câmbio automático de quatro marchas, que conta com gerenciamento eletrônico e permite a troca de marchas de maneira sequencial. Embora se saia melhor que as caixas automatizadas de embreagem simples, deixa a desejar em termos de desempenho e, principalmente, suavidade no funcionamento. Em comparação com os automáticos mais atuais.
Defeitos comuns
Embora o rendimento inferior ao das transmissões mais atuais, como as de seis marchas da Aisin adotada pelos Peugeot e Citroën brasileiros a partir da linha 2018, tenha persistido nos AT8 e DP2, houve um ganho em confiabilidade em relação ao antigo AL4.
Os principais defeitos do câmbio AL4 são notados na maioria das vezes de forma fácil pelo motorista. Se o condutor perceber que o carro apresenta trancos na troca de marchas, isso é um sinal claro que o câmbio não está operando de maneira adequada.
Outro problema comum é quando o veículo começa a patinar e apresentar perda de tração nas arrancadas e nas trocas de marcha, sendo esse um sinal de um defeito mais sério.
É comum o câmbio AL4 ter problemas também com os anéis de vedação. Essas, aos poucos começam a perder a capacidade de vedar e provocar vazamentos internos de lubrificante.
Por falar em lubrificação, em caso de problema a transmissão entra em modo de segurança e trava na 3ª marcha e indica a anomalia no painel.
Diferente de outras caixas automáticas, a AL4 usa um lubrificante de longa duração e não exige a troca. Mas é necessário fazer a verificação do óleo a cada 60 mil km ou em caso de manutenção na transmissão, quando deve ser feita a sua drenagem e substituição.
E, assim como qualquer outro câmbio, apresenta um tempo de vida útil que depende de uma troca criteriosa de seu fluido e do seu uso. Porém, o prazo de validade aproximado é de 40 a 60 mil quilômetros.
2 Comments
Foi trocado o óleo do AL4 com 60 mil km do C4, terá problema no câmbio?
Oi, Alney. Então, muito difícil afirmar que sim ou que não, mas uma manutenção preventiva regular pode extender sim sua vida útil.