Neste post, abordaremos um assunto muito delicado e até pouco falado. Trata-se dos problemas visuais em veículos. Mas, não se preocupe: não é preciso levar seu carro a um oftalmologista!
Esses problemas referem-se ao nível de visibilidade de danos no automóvel, ou seja, até que ponto os problemas são perceptíveis pelas pessoas e, consequentemente pelo potencial comprador.
Entre os carros que mais desvalorizam, estão aqueles com danos visuais. Portanto, se você deseja que o seu veículo esteja entre os carros com menor desvalorização, continue a leitura e confira nossas dicas!
A possibilidade de desvalorização em até 18%
Os problemas visuais podem causar uma desvalorização de carros de até 18%. Caso o problema seja em uma peça grande, de preço mais caro, a desvalorização tende a oscilar entre 0,35% a 1,42% da Tabela FIPE — isso considerando cada peça individualmente.
Assim, um pequeno amassado no capô pode implicar em uma desvalorização que pode ser de 0,35%. Em peças maiores, a desvalorização pode alcançar o percentual de 1,42%. Peças menores podem desvalorizar o veículo entre 0,18% e 0,71%. Deste modo, para manter o seu veículo entre os carros que menos desvalorizam, todo cuidado possível é primordial.
Nos carros mais velhos, o potencial de desvalorização é maior ainda, já que existe um período de uso maior.
Outros problemas que também fazem o seu carro não estar entre os carros que menos desvalorizam, são: problemas no motor (9%) e problemas estruturais, como colisões (8%).
Ao longo do texto falaremos sobre a desvalorização de carros por ano.
As partes do veículo e o potencial de desvalorização
Considerando sempre os problemas visuais em veículos, é possível construir uma lista mostrando o nível de desvalorização por peça. Sendo assim, para saber quais são os carros menos desvalorizados, é só prestar atenção nos fatores que citaremos adiante.
Um amassado ou risco pequeno no capô pode desvalorizar o veículo em 0,35% em relação à Tabela FIPE e colocar o seu automóvel entre os carros com maior desvalorização. Já um risco ou amassado maior pode provocar desvalorização de 0,71%. Se a substituição do capô for necessária, o percentual de desvalorização aumenta para 1,42%.
Veja os percentuais em relação a outras peças, representando amassados e riscos pequenos pelo número 1, amassados e riscos grandes por 2 e necessidade de troca por 3:
• teto, para-brisas, porta-malas, retrovisores (os dois) e para-lamas (os dois) — 1: 0,35%, 2: 0,71%, 3: 1,42%;
• portas (as quatro), colunas (as quatro) e vidros (os quatro) — 1: 0,71%, 2: 1,42%, 3: 2,48%;
• vigia e tampa de combustível — 1: 0,18%, 2: 0,35%, 3: 0,71%.
Somando o total de todos os percentuais de problemas visuais em veículos, temos um resultado de:
• pequenos amassados e riscos (desvalorização total de 4,61%);
• grandes amassados e riscos (desvalorização total de 9,23%);
• necessidade de substituição da peça (desvalorização total de 18,45%).
Os cuidados para evitar e/ou reduzir a desvalorização por problemas visuais em veículos
Para evitar perder muito na hora de revender seu carro, vale a pena conferir algumas dicas valiosas. Antes de tudo, uma boa manutenção periódica evitará grandes perdas e até o aparecimento de certos problemas.
Convém seguir corretamente o que diz o manual do proprietário, respeitando os intervalos e os itens que devem ser analisados. Caso seja necessário, reformar o veículo ajudará a obter um preço melhor, mesmo que ele esteja bastante rodado.
Os riscos e amassados
Os carros que menos desvalorizam sempre possuem riscos e amassados. Estes são problemas que necessitam ser corrigidos antes da revenda, considerando que afetam negativamente a estética do carro. Dependendo da quantidade e do tipo de danos, o veículo perderá muito de seu valor ou poderá ser até rejeitado pelo consumidor. Diante de tantos fatores, fica difícil dizer exatamente quanto desvaloriza um carro por ano ou definir quais são as marcas de carros que menos desvalorizam. São inúmeros os detalhes que determinam qual carro desvaloriza menos e qual carro desvaloriza mais.
A pintura
Evite os remendos. Caso o dano seja grande, o retoque precisa ser realizado por um profissional que faça uso da tonalidade original para que não surjam diferenças visuais. Uma pintura malfeita pode colocar o seu veículo entre os carros mais desvalorizados. Com a pintura impecável, o seu veículo fará parte do time dos carros que menos se desvalorizam.
Os bancos
É importante que os bancos não apresentem manchas, nem cheiro ruim. Quando há um odor muito forte, incomoda quem usa o carro. Mas evite mexer nos bancos, se não houver muitos danos. Poucos pensam nisso, mas os carros com menor desvalorização do mercado apresentam esse tipo de problema.
Esses são alguns dos principais problemas visuais em veículos que podem desvalorizá-los na hora de vender. A partir disso, corra da possibilidade de atender esses requisitos para o seu automóvel ficar entre os carros que não desvalorizam. Avalie-os com cuidado, a fim de não perder dinheiro na transação.
Se você gostou deste texto e já aprendeu mais sobre desvalorização de carros, poderá aprender também alguns procedimentos necessários para realizar bem a venda de um carro usado.